BEIJING, 17 de mai (Diário do Povo Online) - O gerente-geral do Grupo China-Brazil Smart Steel (CBS), Zhang Shengsheng, disse ao site de notícias Jiemian.com que a China tem planos de transferir 10 milh?es de toneladas de capacidade de produ??o de a?o para o Brasil. Na primeira fase, três milh?es de toneladas ser?o transferidas, com a participa??o de grandes e modernas empresas domésticas chinesas de a?o.

A transferência n?o só diminuirá a press?o pela redu??o do excesso de capacidade produtiva de a?o da China, mas também poderá evitar arbitragem anti-dumping por parte da Europa dos EUA.

Em maio do ano passado, a "coopera??o internacional na capacidade produtiva" foi um dos tópicos da visita do premiê chinês, Li Keqiang, ao Brasil e outros países latino-americanos.

Antes da visita do primeiro-ministro, o Conselho de Estado da China havia emitido "orienta??es sobre a promo??o da coopera??o na capacidade produtiva e fabrica??o de equipamentos", o primeiro documento formulado pelo Conselho de Estado relativo a promo??o da coopera??o internacional na capacidade produtiva.

Assim, em agosto no ano passado o Grupo CBS foi estabelecido a partir de um investimento inicial de 50 milh?es de yuans feito por várias empresas privadas chinesas.

Segundo Xu Zhongbo, vice-presidente do Grupo e especialista em estratégia internacional no setor siderúrgico, embora os produtores brasileiros "n?o estejam felizes", o governo do Brasil viu a chance de gerar novos postos de trabalho e receitas fiscais. O governo do estado do Maranh?o vai oferecer de gra?a um terreno de 20 quil?metros quadrados para o projeto.

Xu já convidou muitas empresas siderúrgicas nacionais de grande porte chinesas, dizendo que a base de produ??o no Brasil n?o só atenderá a demanda interna do país, mas também a de outros países do continente.

A escala de investimento do projeto ainda n?o foi confirmada. Xu disse que o novo projeto n?o precisa de novas linhas de produ??o ou da compra de novos equipamentos. As máquinas existentes podem ser exportadas diretamente para o Brasil, motivo pelo qual o volume de investimento n?o seria t?o grande.

"As empresas participantes podem investir ou fornecer equipamentos apenas", disse Xu.

A subsidiária do Banco de Desenvolvimento da China no Brasil anunciou que fornecerá os empréstimos necessários.