A China, por intermédio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, avan?a que a sinceridade, ao invés da influência de um país, deve ser o argumento primordial na forma como uma na??o justifica as suas a??es.

O comentário surge após declara??es do Presidente Barack Obama, onde este diz que “as grandes na??es n?o devem oprimir as mais pequenas”.

A porta-voz do Ministério suprarreferido, Hua Chunying, adianta que, dos 12 países-vizinhos com os quais a China estabeleceu acordos de demarca??o territorial, 5 têm tamanho inferior às Filipinas e 10 têm uma popula??o também mais reduzida que aquele país.

“Este fator demonstra que o tamanho de um país n?o está relacionado com a quest?o. O ponto essencial prende-se com o facto dos países envolvidos terem ou n?o a determina??o e sinceridade para resolverem as disputas pela via do diálogo e da consulta”, disse Hua numa conferência de imprensa.

As Filipinas deram unilateralmente início a um caso de arbitragem contra a China no Tribunal Permanente de Arbitragem, sediado em Haia, em torno das disputas do Mar do Sul da China.

Hua apelou aos países n?o pertencentes à regi?o para respeitar os esfor?os entre as na??es concernentes na manuten??o da paz e da estabilidade da zona.

Tao Wenzhao, um investigador de estudos americanos na Academia de Ciências Humanas e Sociais, disse que os EUA veem a China como a sua maior amea?a, tanto no presente como no longo prazo.

Obama disse durante o seu discurso que os EUA ir?o “continuar a voar, navegar e operar em todos os locais autorizados pelas leis internacionais”.

Hua reagiu, urgindo os EUA a clarificar se essa liberdade de navega??o advogada se rege pela lei internacional ou por um padr?o que beneficia apenas o exército americano. “Se for o último caso, receio que a comunidade internacional n?o concorde”.

Obama, que iniciou na última segunda-feira uma visita de Estado de três dias ao Vietname, anunciou a aboli??o de um embargo à venda de armas que durava há décadas.

Tom Pepinsky, um especialista no Sudeste Asiático e professor associado do governo na Universidade Cornell, comentou o sucedido da seguinte forma: “Esta decis?o torna claro o plano dos EUA de conter as ambi??es regionais da China, contando com o Vietname como parceiro”.

Edi??o: Mauro Marques