
Kunming, 3 jun (Xinhua) -- Qian Renfeng, uma antiga enfermeira da Província de Yunnan, sudoeste da China, está buscando uma compensa??o do estado após ser erroneamente condenada por assassinato.
O advogado de Qian fez o pedido ao Superior Tribunal Popular Provincial na quarta-feira, pedindo até 9,55 milh?es de yuans (US$ 1,45 milh?o) por danos.
Qian tinha apenas 17 anos quando foi tirada da liberdade. A senten?a foi desqualificada em dezembro do ano passado por falta de evidências suficientes.
Em fevereiro de 2002, em uma enfermaria onde Qian trabalhava, um bebê morreu por envenenamento alimentar e outras duas crian?as foram hospitalizadas.
Qian, que havia preparado a comida das crian?as naquele dia, foi for?ada a confessar que havia colocado veneno de rato na comida. Foi com base nesta confiss?o for?ada que ela foi condenada por assassinato.
"Os interrogadores me fizeram ajoelhar por horas, com as m?os algemadas nas costas", disse ela, após ser libertada da pris?o. "Em um estado de fúria, dor extrema e exaust?o, eu disse que era culpada".
Ela disse ter preenchido sua confiss?o com contradi??es na esperan?a que os investigadores pudessem revelar estas mentiras e declará-la inocente, mas eles n?o o fizeram. Ela apenas escapou da pena capital porque ainda n?o havia completado 18 anos. Na China, a pena de morte n?o se aplica a menores.
O advogado de Qian, Yang Zhu, explicitou assim seu pedido de compensa??o: 5,8 milh?es de yuans pela condena??o errada, 2 milh?es pelo dano psicológico e 1,6 milh?o pelos custos legais.
Graduada apenas ensino fundamental, ela tinha grandes dificuldades de escrita. Mesmo assim, enquanto estava na pris?o, ela chegou a enviar várias peti??es.
Em abril de 2010 sua sorte mudou. Um grupo de advogados visitou a Pris?o para Mulheres no 2 da Província de Yunnan, onde Qian estava, oferecendo conselhos legais grátis a prisioneiros.
"A visita deles foi como uma luz de esperan?a na escurid?o. Foi aí que compartilhei a minha história com o advogado Yang Zhu", ela contou.
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