Por Zhao Cheng, Diário do Povo
O Diário do Povo publicou no dia 22 de junho, na sua coluna “Zhongsheng”, um artigo no qual exp?e a atividade destrutiva dos EUA no Mar do Sul da China e a provoca??o deliberada que leva a cabo no território chinês, fomentada pelos seus interesses marítimos e territoriais, sendo por isso a raiz da tens?o verificada naquela regi?o geográfica.
Segue-se o artigo na íntegra:
Os EUA destacaram recentemente dois porta-avi?es para realizar manobras nas proximidades das Filipinas. O almirante da marinha americana, John Richardson, disse no dia 20, numa reuni?o do novo centro de seguran?a americano, que os exercícios marítimos dos porta-avi?es destinam-se a demonstrar o compromisso dos EUA em preservar a seguran?a daquela regi?o, e enviar um aviso aos países relacionados com a quest?o.
Usar uma demonstra??o de poder militar sob o pretexto de preservar a seguran?a, apresentando meios bélicos como for?a dissuasora é uma postura recorrente por parte dos EUA. Independentemente deste método ter produzido resultados noutras regi?es, o uso deste tipo de artifícios com a China está destinado a ser uma atitude infundada.
No pano de fundo desta necessidade de “manuten??o da justi?a” reside a ansiedade e a arrogancia de Washington. Esta conduta exterioriza a natureza americana de imposi??o hegemónica da sua influência no mundo.
Os exercícios militares americanos, juntamente com os comentários proferidos pelo um alto oficial do seu exército provam, uma vez mais, que os EUA n?o só n?o s?o um interveniente na manuten??o da seguran?a regional, mas, pelo contrário, s?o um catalisador de instabilidade. Relativamente à quest?o do Mar do Sul da China, os exercícios militares americanos apresentam-se sob uma perspetiva desconstrutiva.
Já desde algum tempo que os EUA forjaram pretensiosamente uma situa??o periclitante de militariza??o no Mar do Sul da China, na qual a China é retratada como o principal interveniente desestabilizador. Porém, aquilo que é mais evidente aos olhos do mundo é a mobiliza??o de porta-avi?es americanos, de bombardeiros estratégicos americanos à regi?o, de contratorpedeiros, que navegam frequentemente no Mar do Sul da China (que sob o pretexto da “l(fā)iberdade de navega??o”, atravessam ou aproximam-se dos recifes chineses), a realiza??o incessante de exercícios militares conjuntos por parte dos EUA e dos seus aliados... Afinal quem se está a esfor?ar para tornar o Mar do Sul da China num barril de pólvora?
Os EUA s?o um país externo ao Mar do Sul da China. Porém, percorrem a totalidade do Pacífico para realizar uma demonstra??o de for?a, com o objetivo de desestabilizar o Mar do Sul da China, instigando incidentes que comprometem a paz, sob uma agenda de manuten??o da sua hegemonia. Os EUA desafiam a legisla??o internacional, desdenhando a seguran?a de países terceiros em fun??o de uma agenda unilateral e egocêntrica.
Nos mais variados eventos de índole internacional, os EUA intercedem pela China. Nas quest?es territoriais do Mar do Sul da China, n?o tomam partidos. Porém, atendendo aos desenvolvimentos recentes relacionados com provoca??es militares incessantes, é possível compreender a hipocrisia da postura publicamente apresentada por parte dos EUA.
Na quest?o do Mar do Sul da China, a China irá assegurar de forma férrea a integridade do seu território. Aquilo que n?o pertence à China, n?o será alvo de qualquer aten??o por parte do país.
A China irá continuar a monitorizar de perto a situa??o aérea e marítima da regi?o. Dependendo das circunstancias, irá ou n?o tomar as medidas que sejam adequadas para conter amea?as à seguran?a e soberania do seu território. A China n?o permitirá que outros países ponham em causa a sua integridade territorial sob qualquer pretexto.
Os EUA devem compreender que há limites para a as suas a??es. Brincar com o fogo tem o seu pre?o. A situa??o poderá vir a tornar-se bem mais complexa do que um mero exercício militar ou do que o envio de algumas palavras agressivas.