BEIJING, 30 de jun (Diário do Povo Online) – O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China, publicou hoje um artigo crítico, no qual argumenta que o tribunal de arbitragem do Mar do Sul da China nas Filipinas n?o tem legitimidade.
O artigo assinala que a China n?o está sujeita a quaisquer opini?es ou a??es carentes de legalidade e que, deste modo, irá manter uma postura firme no sentido de salvaguardar a sua soberania territorial e os seus direitos no Mar do Sul da China.
O caso de arbitragem, iniciado unilateralmente sob pedido das Filipinas, deverá na quarta-feira ver declarado o seu resultado final.
O artigo aponta que as a??es de um tribunal sem legitimidade servem de ferramenta política para alguns países, naquilo que constitui um embara?o e desrespeito pela lei internacional.
O artigo sublinha que, relativamente ao problema das fronteiras territoriais marítimas, os dois lados já concordaram eleger as negocia??es como único meio de resolu??o da disputa.
O problema das fronteiras territoriais n?o é da competência da Conven??o da ONU sobre a Lei do Mar. A China já excluiu em 2006, de acordo com as regras do Artigo 298 da Conven??o, a disputa de fronteiras marítimas do programa de resolu??o obrigatória de disputas. Portanto, o tribunal transgrediu flagrantemente o caso suprarreferido, violando também as regras da Conven??o sobre o programa de resolu??o obrigatória de disputas.
De acordo com o artigo, existem cada vez mais vozes imparciais na comunidade internacional, assim como cada vez mais países e organiza??es internacionais a apresentarem a sua insatisfa??o relativamente à distor??o de fatos do tribunal de arbitragem.
Chegam mesmo de alguns países ocidentais vozes de estudiosos internacionais que tecem duras críticas à situa??o.
Mais se acrescenta que, desde que as Filipinas iniciaram unilateralmente o caso de arbitragem, a 22 de janeiro de 2013, a China tentou por diversas vezes resolver as disputas por meio de negocia??es bilaterais.
A China recusa-se a participar na arbitragem e n?o aceitará a decis?o ilegal que dela resultar.
O artigo refere no final que a China irá assegurar de forma inabalável a sua soberania territorial e os seus direitos marítimos. Todos os dados que coloquem em causa a soberania territorial e os direitos marítimos da China, provenientes do caso de arbitragem n?o ir?o se tornar realidade.
Esta responsabilidade se inclui na necessidade de proteger a paz e estabilidade regionais e salvaguardar a ordem internacional.