(Foto:Roberto Stuckert Filho)
Em mensagem dirigida à popula??o brasileira e ao Senado, lida nesta ter?a-feira (16) durante pronunciamento no Palácio da Alvorada, a presidenta eleita Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com a democracia, denunciou o golpe contra seu mandato e defendeu a realiza??o de um plebiscito para que o povo decida sobre uma eventual antecipa??o das elei??es presidenciais.
“Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, pelas práticas políticas questionáveis a exigir profunda transforma??o nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei apoio irrestrito à convoca??o de plebiscito para consultar a popula??o sobre a realiza??o antecipada de elei??es, bem como sobre a reforma política e eleitoral”, afirmou a presidenta.
Sobre o processo de impeachment Dilma refor?ou que é uma fraude contra o seu mandato porque n?o há crime de responsabilidade.
“N?o é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo ‘conjunto da obra’. Quem afasta o presidente pelo ‘conjunto da obra’ é o povo e, só o povo, nas elei??es. Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado. O colégio eleitoral de 110 milh?es de eleitores seria substituído, sem a devida sustenta??o constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores”, salientou.
E finalizou: “O que pe?o aos senadores e senadoras é que n?o se fa?am a injusti?a de me condenar por um crime que n?o cometi. N?o existe injusti?a mais devastadora do que condenar um inocente. A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperan?a. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de n?o ter que resistir à fraude e à mais infame injusti?a”.
![]() |