por Meng Xiangling
A Cúpula do G20 foi inaugurada na cidade chinesa de Hangzhou, no dia 4 de setembro
“O G20 deve atuar em equipe, ao invés de realizar discuss?es fúteis”, disse o presidente chinês Xi Jinping, no discurso proferido na cerim?nia inaugural da Cúpula do G20, realizada este domingo na cidade chinesa de Hangzhou.
Fazendo uso da palavra, Xi explicitou a opini?o chinesa sobre a constru??o do G20, frisando que esta institui??o deve passar das palavras às a??es na promo??o do crescimento econ?mico mundial
A crise financeira internacional de 2008 viu nascer o mecanismo da cúpula do G20, onde este se definiu como a plataforma principal de coopera??o econ?mica internacional. No entanto, embora o fórum possa ter abordado temas pertinentes durante a crise, paira ainda a possibilidade de que este possa vir a ser marginalizado.
Zhu Jiejing, professor do Centro de Estudos dos Países do BRICS da Universidade Fudan, em Shanghai, afirmou ao Diário do Povo que o enfrentamento da crise trouxe consigo também desafios para o G20.
Segundo o comunicado que pauta as motiva??es da sua existência, o G20 é um mecanismo n?o oficial de resposta à crise. O grande desafio está em tornar o G20 em um mecanismo de governan?a de longo prazo.
Sheng Bing, professor do Instituto de Economia Internacional da Universidade Nankai, em Tianjin, apontou que a afirma??o em rela??o à “equipe de a??es” mostra a necessidade da transforma??o e inova??o do mecanismo de coopera??o do G20. A curto prazo, a base de recupera??o da economia global é muito débil, devido ao aumento da press?o causada pela desacelera??o econ?mica mundial e pelos riscos potenciais que ainda assombram o seu futuro.
Deste modo, o G20 deve refor?ar a coordena??o política e adotar medidas concretas para superar estas dificuldades. A longo prazo, o G20 precisa de realizar uma metamorfose, partindo de um mecanismo de enfrentamento de crises para um de governan?a permanente. Nesse sentido, o G20 deve ser capaz de elaborar uma reorganiza??o institucional mediante as quest?es-chave da governan?a global, afirmou Sheng Bing.
Sheng sugere que o refor?o da “equipe de a??es” do G20 englobe os seguintes aspetos: estabelecimento de um órg?o de execu??o forte capaz de garantir a continuidade dos itens em agenda; refor?o da coopera??o com outras organiza??es ou fóruns de economia internacional para concretizar desígnios políticos; elabora??o de novos mecanismos e modelos para colocar em prática novas medidas; estímulo dos membros do G20 a atuarem como “exploradores” a fim de promover a??es coletivas; e, por fim, fortalecer a coopera??o consultiva com os setores empresarial, comercial e com os think-tanks a uma escala global.