A ministra conselheira da economia e comércio da Embaixada da China no Brasil, Xia Xiaoling, revelou durante uma entrevista que as rela??es comerciais entre os dois países atingiram as trocas em larga escala e investimento, mantendo agora um ritmo constante em dire??o ao desenvolvimento.

O investimento mútuo é, portanto, a for?a motriz que permitiu chegar a este patamar e será o impulso para as rela??es comerciais e econ?micas entre a China e o Brasil.

Xia afirmou que, apesar da instabilidade política e econ?mica do Brasil, os la?os com o gigante chinês se têm aprofundado, com um aumento do investimento e a participa??o de empresas brasileiras e chinesas nos mercados.

De acordo com os dados, o Brasil investiu 19 milh?es de dólares na China, ao mesmo tempo, as empresas chinesas come?aram a investir em empresas brasileiras, com um fluxo anual de 10 bilh?es de dólares, e um investimento em a??es contabilizado em mais de 30 bilh?es de dólares,

Afetados pela crise econ?mica do Brasil, nos últimos anos, o volume das trocas comerciais entre os dois países sofreu um decréscimo, no entanto, a importancia do mercado chinês é insubstituível.

Xia acrescentou que, nas proximidades do final 2016, a coopera??o sino-brasileira melhorou os mecanismos de coopera??o, aumentando a profundidade e amplitude das rela??es bilaterais.

Foram assinados novos documentos em busca do aprimoramento da eficiência da coopera??o, ampliando o alcance e o ambito da mesma.

Enfrentando a desvaloriza??o da moeda brasileira e a redu??o do poder de compra, a ministra conselheira reconheceu que a crise brasileira criou obstáculos à sobrevivência das empresas do Brasil, tendo o protecionismo comercial levado ao aumento do desconforto nas rela??es sino-brasileiras.

Contudo, como principais países emergentes do mundo, a China e o Brasil têm amplas perspetivas em interesses comuns como o desenvolvimento e a coopera??o econ?mica e comercial.

Xia notou que o governo brasileiro está em busca de uma solu??o para a crise política e económica, esperando atrair investimento internacional para apaziguar a economia e o povo.

Desde 2009, existem mais de 200 empresas de capital chinês que continuamente investiram na minera??o, energia elétrica, produ??o, finan?as, agricultura, servi?os, comércio em larga escala e a retalho, e outros campos, no Brasil.

O chanceler brasileiro, José Serra, colocou, em maio deste ano, o desenvolvimento das rela??es do Brasil com os países asiáticos como uma das prioridades das políticas externas, dando particular ênfase às rela??es com a China.

Serra deixou claro que a China e o Brasil s?o parceiros estratégicos, independentemente das mudan?as que possam ocorrer na situa??o política do Brasil, pois o gigante asiático sempre foi o foco da política externa brasileira.

A ministra conselheira comentou que esta ênfase tem aumentado, especialmente no desenvolvimento agrícola e de infraestrutura, com o apoio da China, que se esfor?a na promo??o da coopera??o internacional.

Xia Xiaoling concluiu que as empresas s?o as principais promotoras das rela??es económicas e comerciais entre a China e o Brasil, acrescentando que o desenvolvimento da economia e das trocas comerciais é dependente dos esfor?os das institui??es dos dois países.

A ministra conselheira espera que as empresas brasileiras aproveitem a oportunidade para impulsionar uma coopera??o bilateral mais pragmática, elevando as rela??es entre os dois países a um novo patamar.