Densidade de partículas PM2.5 registada na área Qianmen, em Beijing, na quinta-feira (5). Beijing tem experienciado dias sucessivos de smog intenso.
Com a China a travar uma longa batalha contra a polui??o, o governo tem sido incitado a estudar mais seriamente a polui??o atmosférica, que tem impactos na saúde pública, e a realizar interven??es focalizadas o mais rapidamente possível.
O monitoramento, em tempo real, realizado pelo Ministério de Prote??o Ambiental, mostrou que 60% das 338 cidades sob vigilancia experienciaram polui??o atmosférica na quarta-feira (4).
Cerca de 25% dessas cidades, incluindo Beijing, registaram fenómenos de smog intenso, com leituras dos índices de qualidade do ar (AQI) entre 201 e 300.
A Organiza??o Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a polui??o é uma constante amea?a à saúde humana em todo o mundo, com cerca de 2 milh?es de mortes prematuras a serem uma das consequências da exposi??o a elevados níveis de polui??o.
Wang Hufeng, chefe do centro de reforma da saúde da Universidade Renmin da China, notou que a China tem falta de vigilancia, pesquisa e avalia??es baseadas em evidências do impacto na saúde do smog, que atinge cada vez mais regi?es do país.
“Será uma longa e árdua batalha contra a polui??o, especialmente a nível das partículas, com as potencialidades de risco para a saúde a serem analisadas e estudadas científica e constantemente”, acrescentou Wang.
Estudos internacionais sobre saúde ambiental concluíram que o surgimento de problemas de cora??o, sistema respiratório e rins s?o consequências da exposi??o a elevados níveis de polui??o,
Xu Dongqun, vice-diretora do instituto de saúde ambiental e seguran?a dos produtos relacionados no Centro Chinês para Controle e Preven??o de Doen?as, afirmou que os impactos específicos da saúde também est?o altamente relacionados com as variedades dos principais poluentes.
O monitoramento e a pesquisa sobre os efeitos na saúde, causados pela polui??o, s?o necessários para definir medidas para proteger a saúde pública nos dias de smog intenso, refor?ou, acrescentando que, este processo, requer a coopera??o entre as agências governamentais da saúde, prote??o ambiental e meteorologia.
Globalmente, em 2015, a OMS instigou os membros a desenvolverem sistemas de controle de polui??o atmosférica e registro de saúde, a fim de aprimorar o monitoramento de todas as doen?as consequentes da polui??o.
Em resposta, a principal autoridade de saúde da China prometeu, no final de 2016, criar 126 locais de monitoramento em todo o país, objetivando o estudo dos efeitos da polui??o do ar na saúde.
A Comiss?o Nacional de Saúde e Planeamento Familiar tem realizado pesquisas nesta área, afirmou a chefe adjunto da comiss?o, Ma Xiaowei, em uma coletiva de imprensa em dezembro.
A China iniciou pesquisas sobre o risco de polui??o e um programa sobre tecnologias de alerta contra contamina??o atmosférica, a fim de identificar os poluentes típicos prejudiciais à saúde humana e estabelecer um sistema de avalia??o, acrescentou Ma.