No dia 18, a diretora da comiss?o dos assuntos diplomáticos da Assembleia Popular Nacional da China, Fu Ying, foi convidada a participar na 53a Conferência de Seguran?a em Munique, tendo assistido também ao fórum onde foi discutida a “seguran?a do leste asiático e o problema nuclear da península coreana”.
Fu Ying viria a refutar o que considera um “duplo padr?o” das análises ocidentais de despesas militares.
No discurso de abertura da sess?o, John Chipman, diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em Londres (IISS, na sigla inglesa), apresentou a análise anual da capacidade militar global.
Chipman asseverou que o desenvolvimento militar na ásia tem sido mais rápido, com despesas avultadas, tendo ultrapassado a Europa em 2012, e atingindo em 2016 um or?amento 1.3 vezes superior ao europeu.
O diretor do ISS acrescentou ainda que a China é o país da regi?o que detém o maior or?amento militar, sendo que as despesas para o efeito chegam a equivaler a 1.8 vezes a despesa do Jap?o e da Coreia do Sul.
O total despendido no Mar do Sul da China atinge valores 3.7 vezes acima do referido, observou.
Em resposta às afirma??es de Chipman, Fu Ying relembrou que o principal assunto da Conferência se centrava em como assegurar que os estados membros da NATO poderiam aumentar o or?amento de defesa até 2% do PIB, através da partilha de fundos de seguran?a.
Contudo, quando mencionado o or?amento de defesa da China, a sua atitude foi diferente.
“A Assembleia Popular Nacional se reúne anualmente. Como porta-voz desta conferência, todos os anos, a despesa militar da China é sempre a primeira quest?o a ser levantada. Algumas manchetes de jornais estrangeiros referem a mesmo a ‘Amea?a da China’”.
Fu Ying dirigiu contrap?s ent?o aos participantes estrangeiros, estabelecendo uma compara??o com a meta de 2% suprarreferida: “O or?amento de defesa da China tem sido mantido nos 1,5% do PIB. Porém, continua sendo considerado uma amea?a. N?o estaremos perante um padr?o duplo de análise? ”
A quest?o fulcral do debate sobre a seguran?a ásia-Pacífico, defendeu Fu Ying, é “qual o rumo certo a seguir”. Deve este ser baseado em alian?as de “seguran?a exclusiva” ou na busca da “seguran?a inclusiva”? — sem que a seguran?a seja supervisionada por determinado país, antes com todos os países a usufruírem de uma seguran?a comum.
Fu Ying refor?ou que a China defende a coopera??o a favor da seguran?a comum, tal como o presidente chinês Xi Jinping enfatizou durante o seu discurso de abertura do Fórum de Davos, sobre a constru??o de um mundo abrangido pela seguran?a universal.
Após a Guerra Fria, a regi?o ásia Pacífico tem mantido a paz, com a comunidade internacional a estabelecer um objetivo comum em conformidade com o crescimento da economia global.
A obten??o destes resultados n?o depende de uma alian?a, mas sim da consulta e coopera??o mútuas e da constante manuten??o das rela??es.
Os problemas que surgiram nos últimos anos demonstram que o consenso geral n?o deve desviar-se do objetivo comum de seguran?a.