Beijing, 23 fev (Xinhua) -- No último mês, o presidente chinês Xi Jinping apresentou uma estátua de bronze com pontos de acupuntura no corpo humano para a Organiza??o Mundial da Saúde em Genebra, atraindo aten??o mundial.
Para Pauline Moy, uma malaia, essa estátua é bem familiar.
Como aluna da Escola Internacional da Universidade de Medicina Chinesa de Beijing (BUCM, em inglês), ela usa uma réplica para ajudar a lembrar os pontos de press?o e praticar as técnicas.
Antiga atriz, Moy, veio à universidade em 2011 explorar o mistério de "como uma agulha pode aliviar a dor e curar doen?as". Ela cursou bacharelato em acupuntura, moxibust?o e Tuiná, ou massagem terapêutica usada na medicina tradicional chinesa (MTC).
Ela está atualmente tentando se tornar mestre em MTC.
A acupuntura é apenas um componente da MTC. Para entender melhor a essência da acupuntura, ela leu textos antigos escritos em chinês clássico, o maior desafio nos seus estudos.
"Aprender os clássicos da MTC é similar ao jogo de quebra-cabe?as. Tenho que aprender primeiro os clássicos peda?o por peda?o. Quando eu dominar suficientemente o conhecimento da MTC, posso integrá-lo na prática clínica, que é baseada tanto na teoria médica como em observa??o", explicou.
Pauline Moy está entre um número crescente de alunos estrangeiros de medicina tradicional na China. Zhang Daliang, diretor do Departamento de Ensino Superior do Ministério da Educa??o, disse que a MTC é o campo mais popular entre as ciências naturais para os estrangeiros na China.
"A MTC foi disseminada para 183 países e regi?es. A educa??o internacional desempenhou um importante papel na promo??o mundial da MTC", segundo Zhang.
Chelsea Qi Xie, dos Estados Unidos, também é uma estudante na Escola Internacional da BUCM. Ela é uma chinesa no exterior e sua m?e é farmacêutica. Ela está estudando a MTC n?o só para aprender suas raízes culturais, mas também porque está se tornando mais aceita nos Estados Unidos.
"A acupuntura é uma terapia alternativa com relativamente poucos efeitos colaterais. Os servi?os de acupuntura est?o disponíveis em muitos grandes hospitais nos EUA, e os praticantes registrados devem passar por exames formais. Até onde sei, há cerca de 20 mil acupuntores registrados apenas no estado de Califórnia", expressou.
A BUCM estabeleceu rela??es com 108 universidades e institui??es de pesquisa em 30 países e regi?es do mundo, impulsionando o reconhecimento geral da MTC no exterior.
O programa de mestre da MTC oferecido pela BUCM e escola médica da Universidade de Barcelona desde setembro de 2016 é o primeiro do tipo oficialmente credenciado pela Uni?o Europeia. Enquanto isso, em colabora??o com a Universidade Politécnica de Kwantlen, no Canadá, a BUCM opera o primeiro programa de bacharelato conjunto na América do Norte.
Em coopera??o com as universidades e institui??es estrangeiras, a institui??o também instalou centros de MTC na Rússia, Austrália e Estados Unidos, criando plataformas integradas para servi?os, educa??o e pesquisa médica.
O presidente da BUCM, Xu Anlong, disse que embora a MTC seja popular em muitos países ocidentais, s?o necessárias mais estratégias para integrá-la no sistema de medicina internacional.
Os centros de MTC cultivaram eficazmente praticantes no mundo, segundo Xu. "No entanto, o que é mais importante é que a efetividade da MTC ganhou reconhecimento entre as pessoas locais. O centro na Rússia é muito popular e eu conhe?o alguns pacientes que dirigiram até mais de 10 horas para serem tratados lá".
A BUCM organiza até 1.044 horas de prática clínica para os alunos de bacharelato, com uma variedade de experiências ao longo do período de estudo.
Moy fez estágio no Terceiro Hospital Afiliado da BUCM e no Hospital de Amizade China-Jap?o durante seus cursos de bacharelato.
Após se formar, Moy planeja abrir uma clínica de acupuntura na Malásia.
"Eu quero que mais malaios conhe?am as maravilhas da MTC e recebam servi?os médicos da MTC de qualidade", declarou.