Beijing, 2 mar (Xinhua) -- A China n?o alagará a economia com investimento governamental porque a segunda maior economia do mundo está buscando por um crescimento econ?mico mais estável e saudável, disse na quarta-feira um funcionário do principal órg?o de planejamento econ?mico do país.
"Ao contrário, a China se concentrará na reforma no lado da oferta para obter uma expans?o modesta da demanda agregada", disse o secretário-geral da Comiss?o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Li Pumin, em uma coletiva de imprensa.
Li fez as declara??es ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de introduzir um grande plano de estímulos como o de 2008.
No fim de 2008, o governo chinês introduziu uma série de medidas de estímulo para alargar a demanda doméstica e impulsionar o crescimento econ?mico em meio à crise financeira global. O programa de dois anos envolveu um investimento total de 4 trilh?es de yuans.
"Os planos de estímulo s?o usados sob circunstancias especiais para impulsionar a demanda débil com investimento governamental", assinalou Li, acrescentando que isso é diferente à escala do investimento em ativos fixos.
Informou-se que 23 regi?es de nível provincial anunciaram um volume de investimento em ativos fixos de cerca de 45 trilh?es de yuans (US$ 6,54 trilh?es) para 2017, o que gerou preocupa??es sobre um gigantesco plano de estímulos.
Li descartou as preocupa??es ao dizer que o volume do investimento em ativos fixos é o agregado em vez de investimento recém-acrescentado e que inclui o investimento dos setores público e privado.
O volume do investimento em ativos fixos das 32 regi?es de nível provincial da China aumentou anualmente 7,9% para 60,65 trilh?es de yuans em 2016 e poderia subir para 65 trilh?es de yuans, acrescentou Li.
Depois que a economia chinesa entrou em uma etapa de "nova normalidade", as principais dificuldades s?o a oferta do produto derivado em vez da demanda, indicou.
As autoridades chinesas deter?o o aumento da capacidade de produ??o excessiva e de projetos redundantes, além disso, far?o mais esfor?os para satisfazer a demanda com oferta efetiva, acrescentou.
A China está tentando fazer a transi??o de seu modelo de crescimento impulsionado pela exporta??o e investimento para um que obtenha for?a do consumo, inova??o e setor de servi?os.
O consumo contribuiu com 64,6% ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, taxa que representa um aumento de 4,9 pontos percentuais em rela??o aos de 2015, mostraram dados oficiais.
Ao mesmo tempo, a China decidiu adotar uma política monetária "prudente e neutra" em 2017 para manter a liquidez em um nível apropriado e evitar grandes inje??es.
Dados oficiais divulgados na quarta-feira mostraram que o índice de Gerentes de Compras do setor manufatureiro da China expandiu pelo sétimo mês consecutivo em fevereiro para chegar a 51,5%, uma maior evidência de que a segunda maior economia do mundo se está estabilizando em meio à perspectiva global incerta.