Hangzhou, 4 mar (Xinhua) -- A francesa Chloé Gon?alves nunca imaginou que o trabalho dela em marketing digital fosse torná-la uma celebridade na China.
O post que publicou no LinkedIn há seis meses para anunciar que iria para a China trabalhar no Alibaba rendeu mais de 31 mil likes, 2,9 mil comentários e 1,6 mil novos seguidores no mundo todo, o que a inspirou a escrever online mensalmente sobre as aventuras dela.
Nos últimos quatro meses, esteve na conferência anual do Alibaba sobre computa??o nas nuvens, participou do Global Shopping Festival em 11 de novembro, visitou aldeias do Taobao, conversou com Jack Ma, fez aulas de Tai-chi e tenta aprender chinês.
"As coisas na China est?o mudando muito rápido, e o mercado e as pessoas parecem dispostos a adotar nova tecnologia mais rápido do que no meu país", afirmou.
Gon?alves é um dos 32 associados de 14 países escolhidos pela Alibaba Global Leadership Academy (AGLA) para um ano de treinamento antes de se tornar embaixadores globais da companhia.
Muitas empresas chinesas est?o se expandido para o exterior, e o Alibaba espera que em breve metade de sua receita venha dos negócios internacionais.
"Um grande desafio para a expans?o é a falta de entendimento entre a China e outros países", disse Brian Wong, vice-presidente do Alibaba Group para iniciativas globais.
Muitos estrangeiros ainda veem a China como uma exportadora de produtos baratos, apesar de o país ter um dinamico mercado consumidor com alta demanda de produtos internacionais.
"Como um ecossistema que possibilita o comércio internacional, queremos compartilhar essa história da nova China e da nova economia, o que é muito mais sobre a crescente classe média, gera??o Y, inova??o e globaliza??o", acrescentou.
Consumo e servi?os v?o dominar a economia chinesa até 2030, com o mercado de consumo privado chegando a US$ 9,6 trilh?es e respondendo por 47% do PIB. O futuro consumidor chinês será mais rico, mais velho e online, previu o Morgan Stanley.
Wong afirmou que os estrangeiros com especialidades n?o apenas ajudar?o a identificar e navegar em novos mercados, mas, o que é mais importante, "v?o aproximar a China e os mercados internacionais e permitir às pequenas e grandes companhias locais usarem a internet para comercializar globalmente".
A China é uma siginificante oportunidade para o mundo, n?o uma amea?a, pois oferece um grande mercado para produtos e servi?os, acrescentou.
Algumas das práticas chinesas estabelecidas podem ser aplicadas no exterior para compartilhar os benefícios do crescimento econ?mico em todos os setores da sociedade, afirmou Wong.
A Ant Financial, do Alibaba, investiu em 2015 no Paytm, a maior plataforma de pagamento da índia, e o ajudou a passar de 20 milh?es para 120 milh?es de usários em apenas um ano, o que deu acesso a servi?os financeiros aos indianos que antes n?o tinham.
Mais companhias chinesas est?o contratando empregados internacionais. A m?o de obra global com vastas conex?es e grande capacidade de intera??o cultural se traduzirá em mais competitividade durante a globaliza??o, disse David Yu, vice-presidente do LinkedIn China, o que ajudou a achar metade dos mais de 6 mil candidatos à Alibaba Global Leadership Academy.
M?o de obra e inova??o s?o cruciais para a globaliza??o e a China deve procurar por pessoas talentosas n?o só entre os 1,3 bilh?o de nacionais como entre os 7 bilh?es de habitantes no mundo, disse Wang Huiyao, diretor do think tank Centro para a China e Globaliza??o.
Uma nova sele??o para a Alibaba Global Leadership Academy está em andamento, e a previs?o é formar cerca de 100 embaixadores anualmente nos próximos dez anos.
Além de contratar estrangeiros, o Alibaba planeja enviar empregados locais para passar mais de um ano fora.
"Para uma companhia chinesa, s?o águas desconhecidas, mas é uma meta muito significante levar uma vis?o de comércio e crescimento econ?mico inclusivos para o mundo", afirmou Brian Wong.
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