Brasília, 5 mar (Xinhua) -- A América Latina testemunhou um desenvolvimento mais estável e forte nos últimos anos gra?as à rela??o com a China, disseram observadores políticos e econ?micos brasileiros.
Antes de o mais alto órg?o legislativo e o mais alto órg?o de assessoria política da China realizarem no início de mar?o as sess?es plenárias anuais que definem o futuro político e econ?mico nacional, falaram os especialistas à Xinhua sobre a rela??o mutuamente benéfica entre o país e a América Latina.
EXPANDIR O INTERESSE MúTUO
Com a coopera??o Sul-Sul mais estreita entre os dois lados, a América Latina reduziu a grande dependência nas na??es desenvolvidas, que mantiveram a supremacia nas rela??es com o continente, afirmaram os observadores.
"A presen?a da China na América Latina tem dois efeitos: primeiro, beneficiando o crescimento e o desenvolvimento econ?micos; e secundo, mudando o eixo das alian?as", disse José Luís Pagnussat, economista e membro do Conselho Federal de Economia.
"Os la?os com a China permitiram aos países latino-americanos redesenhar o sistema de alian?as deles no cenário mundial."
Hoje em dia, com o aumento de investimento da China na regi?o e o crescimento do comércio bilateral, o interesse mútuo deles também está se expandindo, segundo Pagnussat.
LA?OS POLíTICOS MAIS FORTES
A vitalidade de comércio transfronteiri?o inevitavelmente fortalece os la?os políticos, sublinhou Pagnussat, citando como exemplo os la?os comerciais entre plantadores de soja brasileiros e os processadores chineses.
"Isso n?o apenas expande o comércio, como também o estabelecimento de alian?as em escala internacional, o que é um desenvolvimento muito positivo."
Dada a atual forte tendência em dire??o ao protecionismo e isolacionismo, especialmente desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, a vontade da China de estabelecer parcerias políticas e comerciais é uma alternativa significativa, disse Pagnussat.
Quando os países fecham a economia, há um impacto negativo no crescimento econ?mico mundial, observou o economista, enfatizando a importancia do papel da China em promover a abertura econ?mica.
GRANDE POTENCIAL
Para Argemiro Procópio, professor emérito de Rela??es Internacionais na Universidade de Brasília, os la?os China-América Latina est?o em uma altura nova depois da visita oficial do presidente Xi Jinping ao Equador, Peru e Chile em novembro do ano passado.
Os la?os ser?o promovidos ainda mais à medida que a China transforma sua economia orientada pela exporta??o para uma impulsionada pelo consumo interno, acrescentou o autor de livros sobre o país asiático.
"O atual desenvolvimento na China implica uma maior estabilidade para o país e também para seus parceiros comerciais, além de elevar os padr?es de vida dos cidad?os chineses", afirmou Procópio.
Um grande potencial existe também na coopera??o China-América Latina nas áreas de educa??o, cultura, ciência e tecnologia, disse ele.
"As reformas econ?micas na China se concentram em aumentar produtividade, eficiência, conhecimento científico e competitividade. Para a América Latina, isso oferece grandes possibilidades de coopera??o tecnológica", acrescentou.
Quanto às iminentes reuni?es da Assembleia Popular Nacional e do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, conhecidas como "duas sess?es", Pagnussat sugeriu que os latino-americanos as sigam com interesse, pois qualquer resultado influenciará a economia mundial.
As decis?es chinesas têm importancia mundial, especialmente "quando você olha para o volume comercial da China, que representa uma fatia muito grande de comércio mundial", afirmou Pagnussat. Fim
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