Beijing, 6 mar (Xinhua) -- A China destacou no domingo a estabilidade econ?mica e social em 2017 como vital para manter o crescimento, garantir o emprego e agir contra riscos tanto internos como externos.
"A estabilidade é de extrema importancia. N?o devemos permitir que a linha vermelha seja atravessada com rela??o à seguran?a financeira, bem-estar da popula??o, ou prote??o ambiental", disse o primeiro-ministro Li Keqiang ao entregar um relatório de trabalho do governo na reuni?o de abertura da sess?o anual da Assembleia Popular Nacional, o mais alto órg?o legislativo do país.
Sob a condi??o prévia de estabilidade, a China deve impulsionar as reformas para buscar progressos em áreas importantes, segundo Li, alertando sobre os riscos relacionados a ativos n?o rentáveis, inadimplência de títulos, bancos clandestinos e financiamento pela internet.
A tendência crescente do protecionismo e do retrocesso da globaliza??o que amea?a o quadro econ?mico mundial significa que o tema "buscar progressos enquanto mantém a estabilidade" deve ser a luz orientadora para o trabalho econ?mico da China.
O primeiro-ministro notou que as incertezas sobre a dire??o de algumas políticas de grandes economias e seus efeitos colaterais est?o se juntando, o que colocou a China em uma fase crucial e desafiadora.
A meta de crescimento do Produto Interno Bruto em cerca de 6,5% para 2017 --"ou maior se for possível"-- determina a economia chinesa em uma faixa adequada com espa?o suficiente para a reforma.
A meta de entre 6,5% e 7% do ano passado viu a expans?o econ?mica de 6,7%, a manuten??o de estabilidade do mercado de trabalho e progressos de reformas em um ritmo apropriado.
"Sem a estabilidade, a China nunca poderia alcan?ar uma meta desse tipo", indicou Jia Kang, assessor político nacional e economista-chefe da Academia Chinesa de Nova Economia no Lado da Oferta.
O significado de estabilidade n?o pode ser enfatizado de forma exagerada em 2017.
Além dos desafios tanto no interior como no exterior, este ano marcará a abertura do 19o Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), quando um novo comitê central do PCCh será eleito, tornando a estabilidade de importancia crucial.
Com a devida aten??o à estabilidade, o relatório de Li n?o negou a necessidade de abordar as quest?es "realmente duras" neste ano, prometendo que n?o haverá fugas das cinco tarefas da reforma estrutural no lado da oferta: cortar a capacidade industrial, reduzir o estoque imobiliário, rebaixar a alavancagem, diminuir os custos corporativos e melhorar os elos fracos na economia.
A capacidade de produ??o de carv?o será reduzida em pelo menos 150 milh?es de toneladas e a de a?o em cerca de 50 milh?es de toneladas neste ano. As "empresas zumbi", as empresas economicamente inviáveis em indústrias com grave excesso de capacidade e ativas com a assistência do governo e dos bancos, ser?o tratadas com um maior uso de métodos baseados no mercado e na lei.
O alvo também será atribuído à alavancagem corporativa, especialmente em empresas estatais.
Ao lidar com o desequilíbrio estrutural no interior, a China está comprometida com a abertura mais abrangente e a maior dedica??o aos vizinhos próximos e parceiros distantes: um participante responsável no fortalecimento de crescimento global e governan?a durante tempos difíceis.
O relatório de domingo n?o apenas sublinhou de novo o papel da Iniciativa do Cintur?o e Rota, como também prometeu mais esfor?os para facilitar o comércio e o investimento tanto de entrada e como de saída.
As companhias estrangeiras ser?o acolhidas em projetos nacionais de ciência e tecnologia e ser?o capazes de entrar nas bolsas de valores da China e emitir títulos.
"A porta da China continuará se abrindo e a China continuará trabalhando para ser o destino mais atrativo para o investimento estrangeiro", informou o relatório.
O assessor político Zhang Yunling afirmou que a China defenderá a abertura e o desenvolvimento de uma economia verdadeiramente global. A busca de "estabilidade com progressos" da China criará um novo mecanismo para a coopera??o internacional e o desenvolvimento compartilhado de todos os países.