Beijing, 6 mar (Xinhua) -- Objetivos numéricos de reduzir a capacidade de produ??o de carv?o e a?o foram estabelecidos pela primeira vez no relatório anual sobre o trabalho do governo chinês.
A China reduzirá neste ano a capacidade de produ??o de a?o em cerca de 50 milh?es de toneladas métricas e fechará as instala??es de produ??o de pelo menos 150 milh?es de toneladas métricas de carv?o, disse no domingo o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em um relatório sobre o trabalho do governo na 5a sess?o da 12a Assembleia Popular Nacional (APN).
O relatório sobre o trabalho do governo do ano passado prometeu reduzir a capacidade nas duas indústrias, mas n?o mencionou objetivos específicos.
O plano da reforma estrutural do lado de oferta, proposta no final de 2015 para resolver os desequilíbrios estruturais na economia, se concentrou em cinco tarefas: cortar a capacidade industrial, reduzir o estoque imobiliário, baixar a alavancagem, diminuir os custos corporativos e refor?ar os elos fracos na economia.
Esfor?os nestas áreas obtiveram sucessos no ano passado. A China reduziu 65 milh?es de toneladas de a?o e 290 milh?es de toneladas de carv?o em sua capacidade de produ??o, cumprindo as metas anuais com antecedência. E um grande número de empresas zumbi foi fechado.
Continuar reduzindo a capacidade está de acordo com expectativas do mercado.
REDU??ES DIFíCEIS
A China é o maior produtor e consumidor mundial de carv?o e a?o, mas o excesso de oferta poderia ter implica??es como pre?os das matérias primas já baixos, lucros reduzidos de companhias endividadas e crescentes empréstimos n?o pagos que amea?am a estabilidade financeira.
Embora a redu??o de capacidade seja necessária e tenha benefícios de longo prazo para a economia, o processo n?o tem sido isento de desafios.
As indústrias intensivas em capital apresentam potencial de investimento, taxa??o e empregos para os governos locais, que em pelo menos dois casos quebraram as regras de redu??o de capacidade fixadas pelo governo central.
Em dezembro, as autoridades identificaram a Huada Steel na Província de Jiangsu (leste) e a Anfeng Steel na Província de Hebei (norte) por violar os esfor?os de redu??o de capacidade no setor com "influência extremamente má".
Parcialmente gra?as a estes esfor?os, o crescimento econ?mico mais abrangente da China mostrou crescentes sinais de estabiliza??o desde o segundo semestre de 2016, com melhorias significantes em indicadores como pre?os de fábrica e lucros industriais.
"Em geral, o impacto negativo sobre o crescimento e o emprego é manejável", escreveu o economista da UBS Wang Tao em uma nota sobre o excesso de capacidade.
EMPRESAS ZUMBI
Uma das iniciativas chave na redu??o de capacidade é fechar as "empresas zumbi", quer dizer, as empresas que registram perdas, dívidas e dependência dos subsídios do governo ou dos empréstimos bancários.
"Aplicaremos de forma estrita todas as leis, regras e padr?es sobre a prote??o ambiental, consumo de energia, qualidade e seguran?a, e utilizaremos mais métodos legais e de mercado enquanto trabalhamos para lidar com os problemas das 'empresas zumbi'", disse o premiê chinês no relatório sobre o trabalho do governo.
Para os trabalhadores desempregados pela redu??o de capacidade, os governos a nível local e central atribuir?o recursos especiais e tomar?o medidas para garantir que encontrem novos empregos, segundo Li.