Por Ji Peijuan, Diário do Povo
Nas últimas seis décadas, a China providenciou cerca de 400 bilh?es de yuans em ajuda a 166 países e organiza??es internacionais. Contudo, a tendência do foco da assistência tem sido transferida da constru??o de infraestrutura para projetos orientados para as pessoas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a um acordo com a Mongólia, no dia 19 de fevereiro, sobre um plano de resgate de 5,5 bilh?es de dólares. No pacote de resgate, a China estendeu um acordo de troca de moeda no valor de 15 bilh?es de yuans (cerca de 2,2 bilh?es de dólares), visando aliviar a press?o sobre a balan?a de pagamentos e ajudar com as dívidas urgentes.
O governo chinês doou 1 milh?o de dólares como ajuda humanitária para a cidade de Surigao, no sul das Filipinas, atingida pelo terremoto mais destrutivo do século, a 10 de fevereiro. Além disso, a China também fornecerá assistência n?o reembolsável à Síria visando ajudar nos abastecimentos essenciais de carácter humanitário e projetos concernentes.
As situa??es referidas s?o exemplos dos mais recentes programas de ajuda externa, iniciados pelo governo chinês. Apenas em 2016, a China ajudou cerca de 250 projetos de engenharia e fornecimento, treinou 29.000 profissionais e enviou 5.000 indivíduos com fun??es administrativas ou técnicas, pessoal médico e voluntários para destinos no exterior, beneficiando 156 países, regi?es e órg?os internacionais.
Até ao momento, a China forneceu mais de 50 lotes de ajuda humanitária de emergência a quase 30 países e organiza??es internacionais, incluindo Fiji, Suriname, Equador e Sri Lanka, tendo recebido reconhecimento da sociedade internacional.
Zhang Fei, investigador associado da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Coopera??o Econ?mica, disse em uma entrevista ao Diário do Povo que, em compara??o com a constru??o de estádios e outras infraestruturas de grande escala do passado, a China está a investir mais dinheiro no desenvolvimento da economia, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas nos países assistidos.
A China n?o só construiu rodovias, ferrovias, pontes, portos, plantas energéticas e instala??es de comunica??o para os países assistidos, como também ajudou na constru??o de hospitais e escolas, treinando especialistas agrícolas, em negócios e talentos técnicos, acrescentou.
A assistência da China, nos últimos anos, tem direcionado a aten??o para a necessidade de desenvolvimento econ?mico e social dos beneficiários, especialmente a nível industrial, assim como o desejo de garantir melhores condi??es de vida, referiu Zhang.
"Por exemplo, em um país que sofre com a escassez de alimentos, o dinheiro da ajuda da China pode será melhor aproveitado para treinar talentos agrícolas qualificados, ao invés de utilizado para construir mais estádios", explicou.
Liu Haifang, vice-diretor do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Pequim, afirmou que, por um lado, o país tem agora concentrando os esfor?os em acelerar a melhoria industrial, a capacidade de coopera??o internacional e a expans?o no exterior da fabrica??o de equipamentos da China, enquanto, por outro lado, o país se tem comprometido com a liga??o regional através da iniciativa “Um Cintur?o, Uma Rota” e outras abordagens.
A China deve combinar as duas tarefas com os futuros programas de ajuda externa, aconselhou Liu.