Beijing, 29 mar (Xinhua) -- Jenny Shipley, membro do conselho do Fórum Boao para a ásia e ex-primeira-ministra da Nova Zelandia, deveria se sentir orgulhosa de o seu país ter sido a primeira economia desenvolvida do ocidente a ter assinado um acordo de coopera??o com a China sob o escopo da iniciativa Cintur?o e Rota nesta segunda-feira.
Dois dias antes, no Fórum Boao para a ásia, realizado na China, Shipley disse que consenso e a??es concretas eram necessárias para apoiar a globaliza??o.
No geral, há muita discuss?o sobre como a globaliza??o econ?mica pode ajudar a economia mundial. Neste quesito, a China já tem avan?ado com uma séria de medidas.
Uma declara??o sobre a globaliza??o econ?mica divulgada pelo fórum pediu que os países asiáticos se comprometam com a abertura dos mercados, crescimento inclusivo e coopera??o econ?mica.
A iniciativa Cintur?o e Rota, proposta em 2013 para construir uma rede de infraestrutura e comércio conectando a ásia com a Europa e áfrica, é parte das medidas iniciadas pela China para apoiar a globaliza??o.
Trata-se da iniciativa globalizante mais importante dos dias atuais, que apoia a integra??o transfronteiri?a em termos de infraestrutura, investimento e comércio internacional. O projeto como um todo vai apoiar o crescimento, desenvolvimento e a prosperidade dos países participantes, de acordo com Jose Vinals, presidente do Standard Chartered Plc.
Internamente, a China tem tornado mais fácil para o investimento externo entrar no país. A Zona de Livre Comércio da Shanghai (ZLC) é um dos exemplos neste sentido.
Desde o seu estabelecimento em 2013, a lista negativa da ZLC, que define os setores livres ou proibidos para o investimento externo, foi cortada de 190 para 122 itens. Além do mais, o registro para as empresas estrangeiras tem sido facilitado significativamente.
Uma reuni?o de líderes de alto escal?o aprovou na semana passada um plano para aprofundar a reforma e abertura da ZLC de Shanghai por meio de mudan?as no comércio, investimento, liberaliza??o e institucionaliza??o que possam ser replicadas em todo o país.
A China possui quatro ZLCs e planos detalhados para outras sete dever?o ser publicados em breve.
Além do mais, os empresários chineses est?o dando grandes passos rumo ao comércio e investimento transfronteiri?o.
Na semana passada, o grupo Alibaba anunciou que vai estabelecer um centro de e-commerce na Malásia cobrindo logística, computa??o em nuvem e servi?os financeiros pela internet que v?o impulsionar o comércio e o comércio eletr?nico na regi?o.
O centro de comércio é parte da colabora??o entre o Alibaba e o governo da Malásia sobre Zonas de Livre Comércio Digital no país do sudeste asiático, e está alinhada com a Plataforma de Comércio Mundial Eletr?nico (eWTP) promovida pelo presidente do Alibaba Jack Ma.
"Nós devemos tornar a globaliza??o mais inclusiva," disse ele, pedindo por maior participa??o dos países em desenvolvimento, pequenos empresários e jovens.
O investimento direto n?o financeiro da China no exterior em 2016 aumentou 44,1% ao ano para US$ 170 bilh?es, de acordo com números oficiais.
"O ano de 2016 foi marcado por uma série de eventos que assinalaram uma mudan?a dramática no atual curso da globaliza??o. Entretanto, nós n?o vemos isso como o fim, mas sim como o come?o de um novo capítulo," disse Xu Sitao, economista chefe da Deloitte na China.
A China deverá atrair US$ 600 bilh?es em investimento estrangeiro nos próximos cinco anos, com o seu investimento no exterior alcan?ando US$ 750 bilh?es.
"Nesta nova etapa da globaliza??o, nós acreditamos que a China vai deixar seu papel de ator passivo na divis?o internacional do trabalho para remodelar ativamente a cadeira global de valor," acrescentou Xu.