A presidente afastada sul-coreana Park Geun-hye chega ao gabinete de procuradoria em Seul, na Coreia do Sul, a 21 de mar?o de 2017.
A ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye apresentou-se na quinta-feira no tribunal para comparecer à decis?o de emitir ou n?o um mandato de captura, no ambito do escandalo de corrup??o que levou ao seu impeachment.
Vários apoiantes, maioritariamente seniores, abanavam bandeiras em frente à casa de Park, demonstrando a sua oposi??o à sua deten??o. Alguns legisladores da época de sua presidência, bem como ex-secretários presidenciais acompanharam-na.
Park n?o fez declara??es à imprensa, atravessando um mar de jornalistas que esperavam pela decis?o a ser tomada.
Os ex-presidentes militares Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo haviam sido presos por trai??o e corrup??o, mas as suas deten??es foram decididas diretamente por procuradores. Em 1997, os juízes decretavam a emiss?o de mandatos de captura.
Se desta feita o mandato for aprovado, Park passará a ser a terceira presidente a ser detida. A decis?o deverá ser anunciada no final de quinta-feira ou início de sexta-feira.
Park esteve na televis?o apenas 9 dias antes de ser sabatinada no Gabinete Central de Procuradoria de Seul, próximo do tribunal da capital do país.
Durante a sabatina, Park recusou a maioria das acusa??es, incluindo suborno, abuso de autoridade, extors?o e divulga??o de documentos confidenciais. Um total de 13 acusa??es foram efetuadas por procuradores.
Park é acusada de colaborar com a sua amiga pessoal de longa data, Choi Soon-sil, que se encontra detida, por receber dezenas de milh?es de dólares em subornos do vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, que também está preso.
Os subornos eram alegadamente oferecidos em troca de assistência para a transferência da gest?o da Samsung do presidente Lee Kun-hee para o vice-presidente, o seu filho.
Choi é acusada de extors?o de dezenas de milh?es de dólares obtidos de conglomerados para estabelecer duas funda??es sem fins lucrativos, que usara para ganhos pessoais. Os procuradores já apelidaram Park e Choi de cúmplices criminais.
Choi, no centro do turbilh?o, é também suspeita de receber recorrentemente documentos secretos do governo por parte de uma das ex-secretárias de Park para gerir assuntos de Estado na penumbra.