Nairóbi, 24 abr (Xinhua) -- A China tem ajudado os países africanos a intensificar seu combate contra a malária através da pesquisa biomédica, forma??o de profissionais médicos e fornecimento de medicamentos baratos, indicaram representantes durante um simpósio China-áfrica sobre a elimina??o de enfermidades tropicais.
O simpósio foi organizado pelo Ministério da Saúde do Quênia em conjunto com a Administra??o Estatal de Medicina Tradicional Chinesa e a Universidade de Medicina Chinesa de Guangzhou.
Em seu discurso inaugural, o secretário de Saúde do Quênia, Cleopa Mailu, elogiou a contribui??o da China no combate à malária, uma das principais causas de morte entre crian?as e mulheres grávidas na áfrica.
"Aplaudimos os cientistas chineses que descobriram os ingredientes da terapia de combina??o com a artemisinina, que chega em um momento oportuno, quando o tratamento contra a malária mostrou ser um desafio a nível mundial", disse Mailu.
O secretário assinalou que a sofisticada indústria de medicina alternativa da China inspirou os países africanos a desenvolver sua própria resposta contra as enfermidades tropicais.
Estiveram presentes no simpósio China-áfrica importantes representantes de governos e especialistas de saúde de todo o continente.
Também estiveram presentes o embaixador da China no Quênia, Liu Xianfa; o sub-diretor da Comiss?o Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar da China, Wang Guoqiang; e o diretor do Departamento de Medicina Tradicional Chinesa da Província de Guangdong da China, Xu Qingfeng.
O secretário queniano indicou que uma robusta colabora??o sino-africana é crucial para impulsionar a preven??o da malária e o gerenciamento dos casos.
Por sua vez, o embaixador chinês no Quênia Liu Xianfa disse que Beijing está comprometida em ajudar os países africanos a combater a grande carga da malária, um obstáculo para o progresso econ?mico e o desenvolvimento social do continente.
Os países africanos est?o dispostos a utilizar a medicina tradicional chinesa para combater a malária, uma doen?a que é responsável pela perda de 1,5% do produto nacional bruto (PNB) nos países com altas taxas de infec??o.
Fouad Mohadji, ex-vice-presidente de Comores, país localizado no Oceano índico, disse que os países africanos têm se utilizado das vantagens de conhecimento chinesas sobre a medicina complementar e alternativa para revigorar os programas de controle e tratamento da malária.
"O continente deve adotar as terapias alternativas da China que sejam baratas e que comprovaram ser efetivas no tratamento da malária", disse Mohadji.
Comores foi declarada livre da malária há alguns anos atrás gra?as a uma robusta coopera??o com a China que tinha como objetivo conter a doen?a tipicamente tropical no país.
Outros países como Quênia, Maláui e Togo registraram uma queda dramática no número de casos de malária devido a uma forte coopera??o com a China.
Mohadji disse que a coopera??o sino-africana em pesquisa e desenvolvimento de novos remédios irá acelerar o progresso rumo a elimina??o da malária no continente.