O Jiaolong, o submersível tripulado da China, mergulhou na Fossa das Marianas na ter?a-feira, fazendo o primeiro, de uma série de três mergulhos, naquela que é a 38a expedi??o oceanica do país.
O engenho atingiu uma profundidade de 4,8km às 9:49, hora local, e permaneceu submerso por um total de 9 horas, segundo Tang Jialing, o piloto do Jiaolong.
A Fossa das Marianas – na regi?o oeste do Pacífico, fica a cerca de 200km a sudoeste de Guam – sendo o local da Depress?o Challenger, o vale mais profundo do oceano. O mergulho de ter?a-feira foi realizado ao longo da sec??o norte do vale, de 11km de profundidade.
Durante os próximos anos, o Jiaolong irá realizar na Fossa das Marianas outro mergulho de 6,3km e outros três de 6,7km.
Durante os mergulhos, será realizada a recolha de amostras de água do mar, sedimentos, rochas e criaturas das profundidades do oceano, por forma a estudar as propriedades geoquímicas e a atividade biológica local, segundo Tang.
Nas últimas miss?es, o Jiaolong irá reaver um mecanismo de recolha de amostras ali colocado no ano passado, a 6km de profundidade.
De seguida, a expedi??o irá rumar à Fossa Yap, na extremidade sul da Fossa das Marianas, estando prevista a realiza??o de 5 mergulhos adicionais.
A 38a expedi??o oceanica, que teve início a 6 de fevereiro, é a mais longa e inclui o maior número de miss?es até à data para o Jiaolong.
A primeira das suas três fases teve lugar no oceano índico, ao longo de 59 dias, e a segunda no Mar do Sul da China, por 34 dias, de acordo com o Centro Nacional do Mar Profundo da China.
A Terceira fase teve início a 16 de maio, quando o navio de expedi??es científicas Xiangyanghong 09 partiu para as fossas das Marianas e Yap, carregando o submersível e 96 cientistas.
O final da expedi??o está agendado para 9 de junho, quando o Xiangyanghong 09 retornar ao porto.
As profundezas do oceano s?o frequentemente referidas como a última fronteira da terra. A sua explora??o pode permitir uma melhor compreens?o da forma como os organismos se adaptam e vivem nas condi??es mais agrestes do mundo, segundo Wu Changbin, comandante da terceira fase da expedi??o.
O solo marítimo da fossa das Marianas tem temperaturas compreendidas entre 1 e 4 graus centígrados e uma press?o atmosférica 1,000 vezes maior do que à superfície do oceano.
Porém, a atividade organica permanece, devido à presen?a de água quente, que emite químicos como o sulfureto de hidrogénio, garantindo a alimenta??o a bactérias e outros micróbios. Estes, por seu turno, garantem vida de uma variedade de criaturas exóticas como anémonas e peixes bioluminescentes.
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