Beijing, 24 mai (Xinhua) -- O governo chinês reiterou o seu compromisso ao desenvolvimento e pesquisa pacífica de Antártida quando a 40a Conferência Consultiva do Tratado da Antártida foi inaugurada em Beijing na ter?a-feira.
é a primeira vez que a China realiza a conferência, um mecanismo anual de tomada de decis?es estabelecido sob o Tratado da Antártida.
O desenvolvimento pacífico, estável, verde e sustentável da Antártida está de acordo com os interesses comuns para humanos e um comprometimento forte para gera??es futuras, disse o vice-premiê chinês Zhang Gaoli em um discurso na cerim?nia de inaugura??o.
A China integrou o Tratado da Antártida em 1983 e se tornou um membro consultivo dois anos depois.
Nas últimas três décadas, a China enviou quase 6 mil profissionais à Antártida desde que o país mandou a sua primeira equipe de expedi??o à Antártida em novembro de 1984.
Os líderes chineses têm enfatizado em várias ocasi?es a necessidade de proteger e estudar melhor a Antártida devido à sua localiza??o e ambiente especial.
Para revisar os seus progressos na Antártida, a China publicou na segunda-feira o seu primeiro relatório completo sobre o seu estudo e uso da regi?o nos últimos 30 anos, intitulado "As Atividades Antárticas da China."
Segundo o relatório pela Administra??o Estatal dos Assuntos Marítimos da China, o país tem até agora estabelecido quatro bases de pesquisa -- a esta??o da Grande Muralha, a esta??o de Zhongshan, a esta??o de Kunlun e a esta??o de Taishan, além do estabelecimento do Instituto de Pesquisa Polar da China em Shanghai e navega??o do navio quebra-gelo Xuelong (Drag?o de Neve).
O número de documentos sobre o estudo da Antártida publicados por cientistas chineses e inclusos pelo índice de Cita??o de Ciência (SCI, em inglês) aumentou de 19 em 1999 para 157 em 2016, levando a China a ficar entre os primeiros dez países na lista.
A China tem uma história relativamente curta no estudo sobre Antártida, mas o progresso que o país tem alcan?ado, especialmente nos últimos poucos anos, tem sido significativo, disse Qin Weijia, diretor da Administra??o ártica e Antártica da China.
A China também elevou os seus gastos em pesquisa antártica. Nos últimos 15 anos, de 2001 a 2016, a China investiu 310 milh?es de yuans (US$ 45 milh?es) nos projetos relacionados, 18 vezes do total para o período de 1985 a 2000.
A pesquisa antártica tem permanecido um dos tópicos mais difíceis devido à escassez de dados de pesquisa, disse Qin.
A China ainda n?o é um líder global na pesquisa antártica, disse Qin, mas como o país cresce na tecnologia e potência nacional geral, a China está disposta a contribuir mais para uma melhor compreens?o da Antártida.
A China dá grande aten??o para a coopera??o e o compartilhamento das informa??es no estudo da Antártida. O Centro Nacional de Dados árticos e Antárticos da China tem fornecido dados para mais de 100 projetos internacionais e mais de dez países.
"Nos últimos anos, a China tem cooperado com cada vez mais países em vários aspectos como a decis?o de políticas, expedi??es e estudos científicos", disse o vice-chanceler chinês Liu Zhenmin.
Segundo "As Atividades Antárticas da China," entre 2016 e 2020, a China planeja elevar as suas atividades antárticas ao um nível mais alto, incluindo instala??es de novas esta??es antárticas e aplica??o de novos quebra-gelos avan?ados.
"No futuro, a China está disposta a trabalhar juntos com o resto da comunidade internacional na compreens?o, prote??o e utiliza??o da Antártida", afirmou o relatório.
Cerca de 400 delega??es de 44 países e dez organiza??es internacionais que já assinaram o Tratado da Antártida participaram da 40a conferência em Beijing.