Brasília, 27 mai (Xinhua) -- A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), apresentou na quinta-feira à Camara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer.
O presidente da OAB, Claudio Lamachia, acusou Temer de esconder das autoridades vários crimes mencionados nas conversas registradas pelo proprietário da JBS, Joesley Batista, incluindo suborno a juízes, um promotor e ao ex-presidente da camara Eduardo Cunha.
A ordem também acusa Temer de agir de forma incompatível com sua posi??o, pois o presidente recebeu um executivo de negócios em particular para discutir assuntos de especial interesse da JBS.
O pedido de impeachment foi aprovado por 25 de 27 conselheiros da OAB na semana passada.
Isso eleva para pelo menos 15 o número de pedidos de impeachment contra Temer, embora o presidente tenha sustentado que n?o vai renunciar e que ele n?o fez nada de errado.
A OAB sugeriu que o Congresso convocasse cinco testemunhas para investigar as acusa??es contra Temer.
Lamachia rejeitou a alega??o de Temer de que a grava??o havia sido editada e era irrelevante, o que n?o alterou em nada a ilegalidade de Temer, já que o mesmo tinha ciência dos crimes e n?o os relatou.
"Este é um fato que se tornou incontestável, mesmo que houvesse alguma mudan?a, interferência com a grava??o, o presidente n?o negou a existência da reuni?o em três entrevistas à imprensa," explicou.
A abertura de um julgamento de impeachment para Temer depende da aprova??0 de Rodrigo Maia, que disse que n?o tomará esta decis?o rapidamente e se recusa a desestabilizar ainda mais o país.
Como Temer n?o tem vice-presidente, Maia seria o próximo da fila para assumir o cargo.