O primeiro-ministro chinês irá encontrar-se com Merkel e outros líderes europeus durante uma visita de três dias.

Li Keqiang irá dar início na quarta-feira a uma visita a Berlim. Os analistas e oficiais anteveem que a visita terá influência no incremento do comércio livre sino-europeu, injetando um novo ímpeto na recupera??o da economia global.

Durante a visita de três dias, Li irá realizar visitas oficiais à Alemanha e Bélgica, onde participará no encontro anual com a chanceler alem?, Angela Merkel, e se encontrará com líderes da Uni?o Europeia, sob o mecanismo anual, em Bruxelas, de acordo com o Ministério das Rela??es Exteriores da China.

Durante a visita, a China espera incrementar a comunica??o estratégica e a confian?a política, melhorar a coopera??o prática e enviar de forma conjunta um sinal positivo de entreajuda e abertura, disse o vice-ministro das Rela??es Exteriores, Wang Chao.

A China e a Europa n?o têm contradi??es fundamentais ou conflitos geográficos. Em contraponto, têm vários interesses comuns e posi??es semelhantes em quest?es como o incremento do comércio livre, asseguramento do sistema do comércio multilateral e melhoramento da governan?a económica global, disse.

A iniciativa chinesa “Um Cintur?o e Uma Rota” veio incentivar a coopera??o entre a China e os países europeus, através da constru??o de aeroportos, portos marítimos e infraestruturas ferroviárias, disse Yang Yanyi, embaixadora chinesa na UE.

A diplomata refere que é “natural” que a China e a Europa tenham divergências no desenvolvimento dos la?os económicos e comerciais, acrescentando que ambas as partes se devem focar nos interesses comuns e no controlo dos conflitos comerciais pela via do diálogo e da consulta.

Durante a visita de Li à Alemanha, os líderes dos dois países ir?o trocar opini?es sobre o artigo 15 do protocolo sobre a ades?o da China à OMC, referiu Shi Mingde, embaixador chinês na Alemanha.

De acordo com o artigo suprarreferido, os países membros deveriam ter cessado a 11 de dezembro de 2016 de realizar investiga??es “anti-dumping” na China. A data surge 15 anos depois da China se ter tornado membro oficial da organiza??o.

Porém, os membros da OMC continuam usando os custos de produ??o de países terceiros para calcular o valor dos produtos provenientes de na??es que integram a sua lista de países cuja economia n?o é de mercado, a qual inclui a China.

Entretanto, refere Li Chenggang, ministro assistente do comércio, a China se tornou no maior parceiro comercial da Alemanha pela primeira vez no ano passado, quando o volume de comércio bilateral atingiu os 151,29 bilh?es de dólares.

A UE tem sido o maior parceiro comercial da China ao longo de vários anos. A China, por seu turno, ocupa o segundo posto na piramide dos parceiros comerciais da Europa. Ambas as partes obtiveram um progresso positivo na coopera??o em infraestruturas, finan?as e economia digital nos últimos anos.