Canal do Panamá
A República Popular da China e a República do Panamá anunciaram nesta ter?a-feira o estabelecimento de rela??es diplomáticas — um marco que poderá catalisar a coopera??o comercial entre a China e a América Central.
Na verdade, a China e o Panamá mantinham já um intercambio comercial próximo antes do estabelecimento das rela??es diplomáticas. Em 1996, os dois países estabeleceram mutuamente escritórios representativos de comércio.
Atualmente, o Panamá ocupa a oitava posi??o na lista de parceiros comerciais da China na América Latina, sendo também o quinto maior destino de exporta??es na regi?o.
De acordo com a alfandega chinesa, o valor do comércio bilateral registrado em 2016, atingiu os US$ 6,5 bilh?es. 90% das mercadorias circuladas no comércio entre os dois países é transferido para outras regi?es latino-americanas por via da zona de livre comércio de Colón - a China é o maior fornecedor e parceiro comercial da cidade.
“Devido à ausência de rela??es diplomáticas, o aprofundamento do comércio e do investimento cruzava-se com os riscos políticos. Agora o potencial é muito elevado”, disse Zhao Ping, diretora de pesquisa do comércio internacional do Instituto do Comitê da Promo??o Comercial da China.
No entender de Zhao, o estabelecimento das rela??es diplomáticas sinaliza que a China e o Panamá criar?o um canal de contato governamental, o que poderá oferecer novas garantias: n?o só para facilitar a coopera??o comercial, mas também para resolver de forma adequada possíveis disputas.
Do ponto de vista de Bai Ming, pesquisador do mercado internacional do instituto do Ministério do Comércio da China, a explora??o do potencial de coopera??o comercial entre países n?o só depende do esfor?o do setor cívico, mas também do apoio dos governos. “O supracitado estabelecimento das rela??es diplomáticas pode ajudar a diminuir as barreiras e riscos das empresas chinesas face ao investimento no Panamá.”
A coopera??o da capacidade produtiva se tornou um novo ponto de acréscimo entre a China e os países latino-americanos.
Os dados revelam que a China já fechou acordos de empreitada com os países da América Latina e do Caribe no valor de dezenas de bilh?es de dólares, incluindo projetos de gás natural, tubula??o, usinas de energia elétrica, estradas, portos, caminhos de ferro, entre outros. A importa??o de maquinaria chinesa terá também uma nova oportunidade para registrar progressos.
Bai Ming defende ainda que a coopera??o na capacidade produtiva deve ser realizada com o apoio dos órg?os governamentais.