Nova York, 16 jun (Xinhua) - A China e os Estados Unidos, como as duas principais economias do mundo, precisam aprimorar a comunica??o sobre a Iniciativa do Cintur?o e Rota, que pode beneficiar tanto os países como o mundo inteiro, disseram os participantes de um Diálogo de alto nível aqui na quarta-feira.
Kevin Rudd, presidente do Instituto de Política Social da ásia, disse que a iniciativa proposta pela China cobre o continente da Eurásia, uma parte vasta e complexa do mundo.
Tendo em conta fatores como geopolítica e geoeconomia na regi?o, Rudd disse que a China precisa explicar como os investimentos ser?o feitos para envolver mais participantes nos negócios.
Rudd fez as observa??es no Diálogo de Alto Nível sobre Rela??es Econ?micas EUA-China, que reuniu pesquisadores de grupos de pesquisa líderes na China e nos Estados Unidos para discutir os la?os bilaterais econ?micos e comerciais.
Cui Tiankai, embaixador chinês nos Estados Unidos, disse na mesma ocasi?o que a forma como os dois países gerenciam suas rela??es econ?micas afetariam as perspectivas do crescimento econ?mico global.
"A China e os Estados Unidos devem trabalhar juntos e fazer todas as escolhas corretas e mostrar o caminho a seguir para o mundo", disse ele.
Cui disse que a escolha é entre abertura e isolamento, entre conectividade e separa??o, entre jogos de ganhos e de soma zero.
A China representa a abertura, a conectividade e as abordagens vantajosas para todos, como manifesta a Iniciativa do Cintur?o e Rota, observou.
A Iniciativa do Cintur?o e Rota, destinada a construir o Cintur?o Econ?mico da Estrada da Seda e a Estrada de Seda Marítima do século 21, através dos esfor?os concentrados de todos os países envolvidos, foi apresentada pela primeira vez pelo presidente chinês Xi Jinping em 2013.
A iniciativa defende a coordena??o das políticas, a conectividade das infraestruturas e das instala??es, o comércio livre, a integra??o financeira e os la?os mais estreitos entre as pessoas através de uma ampla consulta, contribui??o conjunta e benefícios partilhados, com o objetivo de beneficiar a todos.
"Essa conectividade permitirá construir vínculos mais fortes entre as na??es e realmente se unir para responder aos crescentes desafios globais que transcendem as fronteiras nacionais", disse Cui.
Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York, disse que a história mostrou que investir em infraestrutura é uma das melhores maneiras de estimular o crescimento econ?mico e que "a China está colocando essa li??o em muito bom uso".
Ele disse que a ambiciosa iniciativa que exige grandes investimentos em novas infraestruturas criará ótimas oportunidades para os investidores globais.
Ele também observou que a China e os Estados Unidos compartilham uma rela??o econ?mica mais interconectada do que nunca e eles têm uma participa??o no sucesso uns dos outros.
"O crescimento na China ajuda a impulsionar o crescimento aqui nos Estados Unidos e é por isso que tem sido muito encorajador ver os passos importantes que a China adotou para abrir seu mercado aos investidores globais", afirmou.
Sobre o desenvolvimento da infraestrutura, Josette Sheeran, presidente e CEO da Asia Society, disse que as diferen?as de infraestrutura n?o se limitam apenas a estradas, mas a qualidade das vidas humanas e a capacidade das sociedades de reduzir a pobreza.
Ela chamou o desenvolvimento de infraestrutura de um "lugar natural" onde a China e os Estados Unidos podem trabalhar juntos, pois ambos os países têm vantagens com ele.
Ela convocou os pensadores para descobrir como unir o mundo e usar a infraestrutura para desbloquear o potencial do crescimento econ?mico.
O evento de um dia contou com palestrantes importantes, incluindo Tung Chee-hwa, vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, e Zhao Qizheng, ex-ministro do Escritório de Informa??o do Conselho de Estado da China.
Foi organizado conjuntamente pelo Instituto de Política Social da ásia da cidade de Nova York e pelo Centro de Intercambio Econ?mico Internacional da China, com a participa??o de mais de 30 estudiosos dos principais grupos de reflex?o da China e nos Estados Unidos.