Apesar de ainda a 15 anos do uso comercial, o hidrato de clatrato, intitulado de “combustível gelado”, e a sua extra??o de sucesso na China, é vista como um marco da revolu??o energética global.
Investigadores chineses têm explorado 210,000 metros cúbicos de gelo combustível retido em cristais congelados no Mar do Sul da China nos 30 dias desde que um teste de perfura??o e opera??o de produ??o no início de maio. A produ??o diária atingiu os 6,800m3.
“Esta será uma nova revolu??o energética, liderada pela China, no seguimento da revolu??o norte-americana do xisto, que irá moldar a estrutura energética global”, disse Li Jinfa, vice-diretor da China Geological Survey, que está sob o comando do Ministério da Terra e dos Recursos.
As reservas de hidratos de clatrato, conhecidos por combustível gelado, no Mar do Sul da China est?o estimadas em um valor de 80 bilh?es de toneladas métricas de petróleo, acrescentou.
O ministério anunciou que iria formular políticas para encorajar a participa??o na explora??o de vários tipos de combustível gelado, enquanto aspetos incluindo a delinea??o de explora??o, garantia de licen?as de extra??o, entre outros, ter?o prioridade, para que seja possível pavimentar o caminho rumo à sua comercializa??o.
De acordo com um relatório de uma investiga??o geológica, energética e mineral da China em 2016, os hidratos de clatrato do país poderiam perdurar ao longo de 100 anos, bem como ser a próxima grande oportunidade na China em termos energéticos.
A escolha de expans?o vigorosa da China na extra??o de gelo inflamável no momento, se deve à urgência de substituir as fontes energéticas convencionais para otimizar a sua estrutura e aliviar os problemas causados pela carência de energia, segundo os analistas.
“A na??o depende atualmente de importa??es de crude. A extra??o desta alternativa irá incrementar consideravelmente a seguran?a energética, refor?ando o uso de tecnologias de produ??o de energia limpa”, destaca Lu Hailong, professor do Instituto de Investiga??o Oceanica da Universidade de Pequim.
Han Wenke, diretor do Instituto de Investiga??o Energética da Comiss?o de Desenvolvimento Nacional e Reforma, disse que as preocupa??es ambientais têm for?ado a China a diversificar a sua balan?a energética.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, a China tem vindo a depender de petróleo importado, acompanhando o aumento das demandas, sendo que está estimado que a dependência do país em 2020 possa superar os planos do governo.