Paris, 20 jun (Xinhua) -- O presidente da Fran?a, Emmanuel Macron, do Partido da República em Movimento (LREM), ganhou no domingo uma ampla maioria na Assembleia Nacional, a camara baixa do parlamento, no segundo turno das elei??es legislativas.
O resultado eleitoral abriu o caminho para que o novo presidente da Fran?a controle o poder político do país durante o período de cinco anos, mostrou uma pesquisa de boca de urna.
"Os eleitores franceses preferem a esperan?a do que a raiva, o otimismo ao invés do pessimismo, a confian?a do que a retirada," disse édouard Philippe, primeiro-ministro.
"Um ano atrás, ninguém teria imaginado uma renova??o política como essa. Nós devemos ao impulso do presidente da República dar nova vida à democracia. Nós também devemos aos franceses, que queriam dar a Representa??o nacional uma nova cara," acrescentou.
Com base no número de votos parcial feito pelo pesquisador Kantar Sofres-onepoint, o LREM sozinho ganhou 315 lugares, mais do que os 289 assentos necessários para ter a maioria na Assembleia Nacional, composta por 577 membros.
Com seus aliados do partido MoDem centrista, a maioria sobe para 360 legisladores, poupando a necessidade de confiar em outros partidos para aprovar legisla??o sobre códigos trabalhistas, reduzir a despesa pública em bilh?es de euros, aumentar os impostos sobre o consumo e pensionistas ricos e investir mais em treinamento e setores inovadores.
à direita, os conservadores ganharam 133 cadeiras, tornando-se o maior partido da oposi??o. No entanto, os republicanos n?o representam qualquer amea?a à governan?a de Macron.
Em um voto de puni??o devido ao governo ruim, o Partido Socialista perdeu a lideran?a e ganhou apenas 32 assentos.
"Hoje à noite, o colapso do Partido Socialista é inegável, e o presidente da República tem todos os poderes," disse Jean-Christophe Cambadelis depois de anunciar sua renúncia como chefe do partido.
Ganhando seu primeiro assento, Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, fez sua entrada pela primeira vez na Assembleia Nacional depois de ganhar a corrida no distrito eleitoral de Pas-de-Calais.
Em compara??o com a elei??o de 2012, o partido anti-imigra??o melhorou sua performance depois de arrebatar 6 lugares em compara??o com dois atualmente, para representar "a única for?a de resistência à dilui??o da Fran?a, seu modelo social e identidade," de acordo com Le Pen.
As pesquisas de boca de urna mostraram o partido "France Unbowed" de extrema esquerda ganhando 17 lugares, preparando o caminho para que o partido forme um grupo parlamentar "ofensivo" que buscará uma resistência social", disse seu líder, Jean-Luc Melenchon.
Com uma grande maioria vencida por seu partido, o presidente de 39 anos deu um novo golpe aos principais partidos tradicionais, redesenhando a camara baixa do parlamento com a ajuda de perfis sem precedentes de rostos novatos, com metade deles nunca tinha ocupado um cargo eletivo.
No entanto, uma baixa participa??o histórica projetada provavelmente arrasará o triunfo de Macron de ter m?o livre para colocar no ch?o sua receita na segunda maior economia da zona do euro.
De acordo com as pesquisas de opini?o, a absten??o que variou entre 15% e 30% nas últimas quatro décadas, foi mais do que 50% no domingo, um outro sinal para Macron de que sua estadia no Palácio do Elysée n?o será apenas rosas.
Para Christophe Castaner, o porta-voz do governo, o desinteresse francês "é uma responsabilidade adicional e permitirá que Emmanuel Macron e Edouard Philippe nunca esque?am que no fundo n?o há vitória nesta noite e a verdadeira vitória será em cinco anos, quando as coisas realmente mudarem."
"Os eleitores (...) n?o queriam assinar um cheque em branco (para o governo de Macron)", acrescentou.