Por Su Xiaohui
A primeira rodada do Diálogo de Diplomacia e Seguran?a China-EUA foi realizada em Washington, a 21 de junho, horário local.
O diálogo reflete uma intera??o positiva entre as duas potências. Em abril passado, durante o encontro do presidente Xi Jinping com o seu homólogo americano, Donald Trump, no clube Mar-a-Lago, nos EUA, os dois países anunciaram o estabelecimento de quatro mecanismos de diálogo de alto nível, incluindo diplomacia, economia integral, execu??o de lei e seguran?a cibernética, sociedade e intera??o interpressoal.
Os diálogos supracitados consistem em um complemento adicional para o intercambio e consultas entre os dois países. Com a finaliza??o da primeira rodada de diálogos, os dois países esperam realizar os restantes três no ano corrente.
O diálogo de diplomacia e seguran?a trata-se de um “acerto de relógio estratégico”. Menos de seis meses após a tomada de posse do presidente Trump, as rela??es sino-americanas continuam atravessando um período de reajustamento, acompanhado por uma “vox populi” da comunidade internacional que n?o vê com bons olhos o futuro dos la?os sino-americanos.
Após o encontro no clube Mar-a-Lago em abril, os dois chefes de Estado se reunir?o na Cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, e o presidente Trump planeja realizar uma visita de Estado à China no segundo semestre do ano.
Neste sentido, é muito importante conhecer mutuamente a inten??o estratégica um do outro para estabilizar os la?os bilaterais. No diálogo de diplomacia e seguran?a, a China transmitiu um sinal positivo, esclarecendo que a sua inten??o estratégica é salvaguardar a soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento, concretizar a meta dos “Dois Centenários” e o sonho chinês de grande revitaliza??o nacional.
Em resposta, os EUA afirmaram estarem cientes do desenvolvimento contínuo e rápido da China e n?o terem nenhuma inten??o de enfraquecer esta, desejando refor?ar a coopera??o e desenvolver rela??es construtivas de longo prazo com a China.
Concomitantemente, os dois países entenderam que é um fen?meno comum existirem contradi??es e problemas entre as duas potências, os quais s?o diferenciados no sistema político, método de desenvolvimento, cultura, sociedade, entre outros. A solu??o-chave passa por controlar essas divergências, segundo coincidiram as duas partes.
A China enfatizou o respeito mútuo pelos sistemas políticos, rotas de desenvolvimento, soberania, integridade territorial e interesses de desenvolvimento. Além disso, o país asiático delineou ainda uma “l(fā)inha vermelha” nas quest?es relacionadas com Taiwan e o Tibete, por forma que os EUA n?o prejudiquem as rela??es bilaterais devido a malentendidos.
N?o somente a nível bilateral, a China e os Estados Unidos trocaram opini?es sobre assuntos regionais e internacionais. A China explicou aos EUA a sua proposta para a resolu??o da quest?o nuclear da Península Coreana, defendendo que esta seja solucionada pela via do diálogo.
A China reiterou a sua posi??o de se opor à instala??o do sistema antimíssil THAAD na Coreia do Sul por parte do exército americano, instando à sua suspens?o e retirada do aparelho do solo coreano.
Em rela??o ao Mar do Sul da China, a China pediu aos Estados Unidos que n?o prejudicassem a paz e estabilidade da regi?o.
Os dois países ainda discutiram a possibilidade de realizar coopera??o nas quest?es da luta contra o terrorismo, no Oriente Médio e Afeganist?o, entre outras.
Ambas as partes concordaram que o diálogo diplomático e de seguran?a seja construtivo e frutífero, e que no mundo complexo dos dias de hoje, a China e os EUA devem cooperar de m?os dadas.
(A autora é a vice-diretora da Estratégia Internacional do Instituto de Estudos Internacionais da China)