Por Zhang Jun

Um ano depois da reuni?o em Hangzhou, onde foram discutidos planos ao nível da inova??o, reforma, comércio, investimento, entre outros, os líderes das 20 maiores economias mundiais reunir-se-?o agora em Hamburgo, na Alemanha, para discutir a sua implementa??o.

A tendência atual de crescimento econ?mico se encontra dando um passo em frente na sua consolida??o — tal se aplica aos países desenvolvidos e aos mercados emergentes.

Pode ser dito que o mundo atravessa atualmente a melhor fase desde o rebentamento da crise econ?mica. Simultaneamente, pairam ainda algumas fragilidades ao nível do crescimento econ?mico, que é ainda algo tímido, propelido por movimentos protecionistas e avessos à globaliza??o.

Os membros do G20 enfrentam, por isso, vários desafios: o agravamento da diferencia??o das políticas adotadas pelos membros, refletindo-se na dificuldade de coordena??o entre eles; os desafios relacionados com a capacidade de consuma??o de compromissos coletivos; a necessidade de aperfei?oamento de mecanismos individuais, no sentido de definir uma dire??o clara para o desenvolvimento futuro.

Atualmente, o G20 continua sendo a principal plataforma de recupera??o e coopera??o econ?mica mundial. Esta institui??o n?o se deve desvincular dos pressupostos que uniram todos os seus membros, devendo manter o seu espírito de parceria e diligência para colocar a economia mundial no trilho certo.

A globaliza??o econ?mica é um acontecimento natural, fruto do desenrolar da história, tendo implica??es ao nível do desenvolvimento e intercambio entre sociedades e pessoas.

Quando desfrutamos dos benefícios proporcionados por todo este processo, n?o devemos usar as primeiras dificuldades ou entraves como pretexto para negar o potencial desta dinamica.

No contexto do despoletar de sentimentos antiglobaliza??o e da depress?o do investimento comercial, o G20 deve continuar a advogar a edifica??o de uma economia mundial inclusiva, contrariar correntes protecionistas, promover a facilita??o do comércio internacional, e potenciar o investimento comercial enquanto motor do desenvolvimento econ?mico.

Enquanto mecanismo congregador das economias desenvolvidas e dos mercados emergentes, o G20 tem uma significancia crucial para o desenvolvimento da economia mundial. Desde a primeira cúpula, esta plataforma tem oferecido contributos inegáveis e uma vitalidade constante ao motor econ?mico do globo.

A cúpula de Hangzhou, no ano passado, obteve inúmeros resultados frutíferos, sendo atribuído destaque especial à China, que decretou o seu firme apoio à globaliza??o e à governan?a global, o que se refletiu na confian?a generalizada da economia mundial. Com a chegada da cúpula de Hamburgo, o mundo aguarda ansiosamente pelos novos compromissos.

(O autor é secretário-geral da divis?o de economia do Ministério das Rela??es Exteriores da China.)