O ex-presidente brasileiro foi condenado a 9 anos e seis meses de pris?o por corrup??o passiva e branqueamento de capitais pelo juiz Sérgio Moro, no ambito da Opera??o Lava Jato, segundo decretado por fonte judicial.

O veredito foi anunciado na quarta-feira, no caso que ficou conhecido como o apartamento triplex no Guarajá, uma das ramifica??es da Lava Jato.

Este foi o veredito final de Moro, responsável pela Opera??o Lava Jato em primeira instancia, em um processo em que Lula da Silva foi acusado de ter recebido propina da construtora OAS para a compra do suprarreferido apartamento de luxo em Guarajá, o qual Lula terá ocultado, no valor de 3,7 milh?es de reais.

O valor foi alegadamente recebido pelo ex-presidente em troca de favores na Petrobras.

O juiz refere que Lula “ocultou e dissimulou vantagem indevida recebida em decorrência do cargo de presidente da República” e que, “a responsabilidade de um presidente da República é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes”.

O juiz interditou ainda o acesso de Lula à ocupa??o de cargos públicos pelo dobro do período da pena, ou seja, sensivelmente 19 anos.

Apesar da condena??o, esta decis?o, porém, só entrará em vigor após ser referendada pelo colegiado – no Tribunal Regional Federal da 4a Regi?o, de segunda instancia. Como tal, Lula tem o direito de recorrer em liberdade.

A defesa de Lula insiste na inocência do ex-presidente, alegando que a condena??o foi “politicamente motivada”, o qual o próprio corrobora, e que o triplex 164-A jamais lhe pertenceu. Embora lhe tenha sido oferecido em 2014, este n?o terá tido interesse na sua aquisi??o, sendo que n?o houve a compra, referem os advogados de defesa.

O ex-presidente está ainda envolvido em outras quatro a??es envolvendo a opera??o Lava Jato.

Esta ocasi?o assinala a primeira vez que um ex-presidente de um país sul-americano é condenado por corrup??o. A situa??o compromete as inten??es de Lula de avan?ar com nova candidatura às presidenciais de 2018. Contudo, até que seja julgado em segunda instancia, a lei brasileira permite a sua candidatura sem entraves.