No início deste ano, vários analistas expressaram suas preocupa??es quanto à possibilidade da economia chinesa come?ar a enfraquecer no segundo trimestre. No entanto, os últimos dados da Administra??o Nacional de Estatísticas (ANE), mostram que tais preocupa??es eram infundadas.
A economia cresceu 6.9% no segundo trimestre, face ao ano anterior, o mesmo valor registrado no primeiro trimestre, de acordo com os números divulgados ontem pelo NBS. Ainda mais encorajadores, os indicadores-chave, tais como a produ??o industrial e o consumo, revelam os resultados das melhorias conseguidas, através do ajuste da estrutura econ?mica do país.
O investimento em indústrias de alta tecnologia, por exemplo, aumentou em 21,5%, 12,9 pontos percentuais acima do crescimento geral do investimento, enquanto as vendas no varejo de bens de consumo cresceram 10,4% em termos anuais, acima dos 10% registrados no primeiro trimestre.
O setor de servi?os, que já representa 54,1% da economia em geral, expandiu 7,7% em termos anuais no primeiro semestre do ano. De acordo com a ANE, o consumo doméstico representa agora 63,4% do crescimento do PIB, o que real?a o progresso que a China tem atingido na sua tentativa de tornar a inova??o e a demanda doméstica nos impulsionadores do crescimento econ?mico.
Considerando que esse desempenho foi alcan?ado em um contexto de esfor?os para reduzir o excesso de capacidade de produ??o e os níveis de endividamento das empresas, os números n?o s?o apenas impressionantes, mas sugerem também que o país conseguiu alcan?ar com sucesso um equilíbrio na sua tentativa de promover o crescimento econ?mico e reestrutura??o.
Olhando para o futuro, a China continuará a dar continuidade ao objetivo de reduzir a capacidade de produ??o excessiva, reduzir as a??es imobiliárias e os níveis de dívida corporativa, fortalecendo ainda mais os esfor?os na prote??o ambiental e conserva??o da qualidade de água.
Embora os decisores políticos devam permanecer atentos à possibilidade de um crescimento mais lento no terceiro trimestre, n?o há dúvida de que o país está no bom caminho para atingir o objetivo previamente estabelecido de crescimento do PIB em "cerca de 6,5%" para este ano.
Com o objetivo de crescimento alcan?ável e com um desenvolvimento estável e coordenado da economia, a lideran?a tem mais espa?o para avan?ar com a reestrutura??o e reformas econ?micas. A reforma financeira, por exemplo, irá ser levada a cabo, após a consolida??o do poder de regulamenta??o financeira do país na recém-concluída Conferência Nacional de Trabalho Financeiro, que terminou no sábado.