Washington, 21 jul (Xinhua) -- Como a última revela??o sobre a suposta conspira??o do presidente dos EUA, Donald Trump, com a Rússia, chegando à mídia, o escandalo na Rússia parece estar longe do fim.
A Casa Branca confirmou na ter?a-feira que Trump teve uma segunda conversa, anteriormente n?o revelada, com o presidente russo, Vladimir Putin, durante a cúpula das maiores economias do Grupo dos 20 (G20) realizada de 7 a 8 de julho em Hamburgo, na Alemanha.
"Houve um jantar social apenas para casais no G20", disse o porta-voz do Conselho de Seguran?a Nacional dos EUA, Michael Anton, à ABC. "No final, o presidente falou com Putin no jantar".
Vários meios de comunica??o dos EUA, incluindo o New York Times e a CNN, citaram um funcionário da Casa Branca dizendo que a conversa durou quase uma hora. Trump disse na quarta-feira que durou 15 minutos.
Em uma conferência de imprensa durante a Cúpula do G20 em Hamburgo, Putin negou a interferência de Moscou nas elei??es presidenciais dos EUA no ano passado. "N?o há motivos para acreditar que a Rússia interferiu no processo eleitoral dos EUA", disse ele.
Os combustíveis recentes para o escandalo também se intensificaram na semana passada, quando foram divulgados os e-mails entre o filho de Trump e uma advogada russa que supostamente teve acesso a informa??es comprometedoras sobre a candidata democrata à presidência Hillary Clinton. Críticos disseram que esta é uma evidência de conluio da campanha de Trump com a Rússia, embora a advogada tenha negado trabalhar para o governo russo.
Os democratas continuaram acusando a Rússia de se intrometer nas elei??es dos EUA. "N?o há escapatória: o círculo interno do Comitê de Campanha de Trump se encontrou com um agente de poder estrangeiro hostil para alterar o resultado de uma elei??o americana", disse o líder da minoria da Camara, Nany Pelosi, em uma declara??o escrita após a divulga??o do e-mail. "O povo americano enfrenta uma Casa Branca cheia de sombrias conex?es russas e desesperada para esconder a verdade".
Os opositores de Trump dizem que é ilegal que os funcionários da campanha recebam algo de valor de um governo estrangeiro ou de alguém que represente um governo estrangeiro. Os defensores destacaram a transparência do filho de Trump dizendo que ele é contra qualquer inten??o de ocultar provas.
O escandalo em curso da Rússia derrubou o apoio a Trump, mesmo de dentro de seu próprio partido.
Esta semana o governo sofreu com a implos?o do plano do presidente para revogar e substituir o atual sistema de saúde dos EUA - conhecido como Obamacare, legisla??o assinada pelo ex-presidente Barack Obama - quando os senadores de seu próprio partido se recusaram a apoiar a lei.
O fracasso marca um grande golpe para Trump seis meses depois de assumir o cargo. Trump ainda n?o aprovou qualquer lei significativa sobre uma série de quest?es para cumprir suas promessas feitas durante a campanha.
Os especialistas já notaram que o escandalo da Rússia fará com que o próprio busque o distanciamento da Casa Branca, afetando a agenda legislativa de Trump.
Darrel West, do conhecido grupo de estudo da Washington Brookings Institution, afirmou que os republicanos se afastar?o de Trump "para evitar as consequências nas elei??es de 2018" para o Congresso.
O especialista também disse que os legisladores republicanos est?o ficando cansados do que ele chamou de "inaptid?o da opera??o de Trump". Todo dia que se discute o caso Rússia é um dia n?o dedicado à reforma da saúde, reforma fiscal e às melhorias em infraestrutura".
Dan Mahaffee, vice-presidente sênior e diretor de política do Centro de Estudos do Congresso e da Presidência, disse que "esse escandalo é uma grande distra??o" para a administra??o de Trump.