Bogotá, 17 ago (Xinhua) -- O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, supervisionou na ter?a-feira a retirada final das armas revogadas pelos rebeldes das For?as Armadas Revolucionárias da Col?mbia (FARC).
Em uma cerim?nia no subúrbio rural de Fonseca, uma cidade na província norte de Guajira, Santos disse que a retirada marcou "o último suspiro do conflito" entre os rebeldes e as for?as governamentais, que haviam durado 53 anos.
"Com este desarmamento, com a retirada dos últimos contêineres, o conflito realmente termina e uma nova fase come?a na vida da nossa na??o," disse Santos.
O presidente foi acompanhado pelo chefe da miss?o das Na??es Unidas na Col?mbia, Jean Arnault, bem como representantes das FARC.
"Oito meses depois de assinar um acordo de paz, estamos testemunhando a conclus?o do desarmamento," disse Santos, acrescentando que o processo foi realizado em um "tempo recorde."
Arnault confirmou que as FARC estavam completamente desarmadas. A miss?o da ONU retirou 8.112 pe?as de armas e quase 1,3 milh?es de cartuchos de muni??o dos rebeldes e depois os incinerou.
A opera??o também envolveu a extra??o de milhares de outras armas e muni??es dos campos e esconderijos das FARC, incluindo mais de 22 toneladas de explosivos, 1.846 minas e 3.957 granadas de m?o.
Arnault repetiu as palavras de Santos, dizendo que o "processo exaustivo" de desarmar os rebeldes marcou uma nova era.
"Nós vamos ser capazes de desenvolver zonas que nunca foram desenvolvidas," afirmou Santos, referindo-se aos territórios anteriores dos rebeldes.
O fim do conflito também significa que "a economia vai come?ar a crescer de novo," acrescentou.
Como parte do acordo de paz assinado por Santos e pelo líder das FARC, Rodrigo Londono, conhecido como Timochenko, em novembro de 2016, o governo prometeu investir no setor agrícola do país e realizar reformas agrárias.
Os rebeldes prometeram renunciar aos conflitos armados e buscar mudan?as políticas.
Para aliviar os temores dos setores mais conservadores da Col?mbia, que favoreceram continuar a combater militarmente as FARC, Santos disse: "O governo está absolutamente empenhado em manter a seguran?a para as zonas que eram mantidas pelos rebeldes."