Rio de Janeiro, 22 ago (Xinhua) -- Os países que formam o grupo do BRICS (Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul) podem se beneficiar da coopera??o entre eles e adotar assim uma opini?o conjunta em diversos aspectos diante do mundo, afirmou o especialista brasileiro Ronnie Lins, CEO do Center China-Brasil: Research & Business (CCB).
"Os BRICS podem compartilhar muitas experiências entre si", assegurou Lins à Xinhua, destacando "a aplica??o do modelo do presidente chinês, Xi Jinping, que faz que a China avance em dire??o a realizar o Sonho Chinês". A aplica??o do modelo independente de política, etnia, religi?o e qualquer outro fator".
"Seu objetivo é claro e lógico para qualquer estadista de um país emergente, ou seja, criar melhores condi??es para os chineses e erradicar a pobreza, quando chegar a data determinada do sonho chinês. Obviamente a aplica??o do modelo em outros países, necessita das devidas adapta??es necessárias, mas é uma base valiosa de conhecimento para ser usada", apontou.
"Em minha concep??o, a partir dos textos que li e entendi, podemos dividí-lo em seis pilares: a soberania nacional; aprofundar as reformas e concess?o dos direitos; educa??o e cultura; economia e meio ambiente; política de rela??es exteriores e cria??o e seguimento".
Sobre estes pilares, da soberania nacional, o especialista "elevaria a defesa nacional ao estado da arte, fazendo uma maior aproxima??o dos militares, governos e civis, e criando mais dualidade, ou seja, integrando unidades empresariais com indústrias militares".
Ele também sugeriu "a necessidade de se aprofundar as reformas da previdência social, que é um grande problema mundial porque aumentou a expectativa de vida das pessoas e os sistemas de previdência social n?o est?o preparados para outro novo encargo".
Também ressaltou "avan?ar nas reformas da educa??o para poder atender as novas demandas da quarta revolu??o industrial. Os centros educativos e as empresas têm que criar cursos e treinamentos específicos para as novas demandas do mercado empresarial".
Sugeriu também "desenvolver mais (o cintur?o econ?mico da) Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima porque cria mais desenvolvimento, especialmente infraestrutura, empregos, comércio transfronteiri?o e é fundamental para desenvolver a estratégia de boa vizinhan?a. Terá que inovar na produ??o e nos servi?os, e combater a corrup??o, como o presidente Xi fez".
O especialista em rela??es China-Brasil assegurou que os países do BRICS devem unir-se para coordenar sua posi??o nos temas de interesse global.
"O que estamos vendo no mundo é que, neste contexto mundial, será muito difícil que alguma na??o tenha sucesso sozinha. Os BRICS foram parte de um grupo muito poderoso cujos membros n?o s?o apenas países, s?o virtualmente continentes. Assim se por algum motivo há algum que n?o esteja em boa situa??o, certamente é uma situa??o passageira".
"N?o tenho dúvida que será o bloco no futuro com mais influência econ?mica e política no mundo. Espero que os BRICS acelerem a concretiza??o de algumas a??es, porque isto fará que a confian?a e a velocidade das rela??es avancem mais rápido. Com isso, os BRICS ter?o um maior peso político e econ?mico no contexto mundial".
Nesse sentido, Lins afirmou que "conforme os BRICS v?o se fortalecendo, ir?o aparecendo maiores oportunidades. Por exemplo, fortalecer economias mais necessitadas como as de nossos irm?os africanos".
Lins também assegurou que os BRICS deveriam "aprofundar a??es concretas de livre comércio, constru??o de infraestrutura, cria??o de produtos de maior valor agregado e compartilhamento dos desenvolvimentos tecnológicos para aumentar a inova??o e consolidar a atua??o segundo a quarta revolu??o industrial".