A China irá precisar de 1,070 jatos regionais de 70 a 130 lugares ao longo dos próximos 20 anos, tornando o país no terceiro maior mercado de avia??o regional, atrás dos EUA (Boeing) e da Europa (Airbus), de acordo com o último relatório divulgado na ter?a-feira pela brasileira Embraer SA.
De 2017 a 2036, a demanda por jatos regionais na China irá perfazer 17% do total. No ano passado, estavam 137 aeronaves em opera??o na China, de acordo com a Embraer SA.
Atualmente, a Embraer é responsável por 61% das entregas globais de jatos com 70 a 130 lugares, seguida pela Bombardier do Canada e a russa Sukhoi, respetivamente com 31% e 4% do mercado.
“Na próxima década, o número de famílias de classe média na China deverá aumentar de 100 para 300 milh?es, sendo que a maioria delas irá provir de cidades de segundo e terceiro escal?es. A urbaniza??o em cidades chinesas mais pequenas deverá propalar a demanda pelo transporte aéreo”, disse Arjan Meijer, chefe comercial da Embraer.
Enquanto isso, Meijer acrescentou que os comboios de alta velocidade ir?o conectar cerca de 80% das capitais provinciais da China. Os voos regionais, considera, dever?o ajudar a reter os setores n?o abrangidos pelos trens-bala.
No mercado de avia??o regional da China, a China Southern Airlines, Tianjin Airlines, Hebei Airlines, GX Airlines e Colorful Guizhou Airlines, asseguram atualmente posi??es de lideran?a nas suas opera??es.
Para a China Southern Airlines, as rotas regionais perfazem 9% do total de percursos domésticos. No ano passado, a transportadora veiculou 4.88 milh?es de pessoas nos seus voos regionais, um aumento de 3.9% em termos homólogos.
Sendo a cidade de Urumqi um dos seus centros de opera??es, a China Southern operou voos regionais em 18 cidades na Regi?o Aut?noma de Xinjiang. Em 2016, foram transportados cerca de 30,000 voos regionais de curta distancia na regi?o.
Zhang Yubin, vice-diretor de marketing da China Southern Airlines, disse que a operacionalidade dos voos regionais tem sido um setor indispensável da empresa.
“O setor de avia??o regional na China enfrenta também alguns desafios, devido aos altos custos de opera??o, ao baixo rácio de utiliza??o de aeronaves regionais e ao impacto do setor ferroviário”.
“Além disso, os maiores aeroportos têm o tempo cronometrado, o que terá um impacto na rede integrada da constru??o dos voos regionais”, acrescentou Zhang.
Porém, o governo emitiu políticas favoráveis para incrementar o desenvolvimento da avia??o regional. A China delineou no 13o Plano Quinquenal a constru??o de 43 novos aeroportos regionais.
No ano passado, a Administra??o Para a Avia??o Civil da China (AACC) garantiu 1.02 bilh?es de yuan em subsídios para o setor de avia??o regional. A AACC avan?ou que o estabelecimento de novas rotas aéreas deveria ser estritamente controlado, afirmando que o governo irá dar apoio do estabelecimento de novas rotas aéreas.