Beijing, 11 set (Xinhua) -- A China fez uma série de avan?os em ciência e tecnologia nos últimos meses quando o país acelerou seu passo para se tornar uma for?a líder de ciência e tecnologia antes de meados do século.
A China tem sido um líder em tecnologias de quantum, que eliminam a possibilidade de espionagem telef?nica e comunica??o segura. No início de setembro, o país anunciou que a rede de comunica??o de quantum Beijing-Shanghai tinha atendido aos requisitos para iniciar os servi?os.
A rede de 2 mil quil?metros, a primeira do mundo, será usada para a transmiss?o segura de dados nas áreas militar, financeira e de assuntos governamentais.
O país também completou o teste do satélite de alto rendimento Shijian-13, designando-o como Zhongxing-16. Com uma capacidade de transferência de 20 Gbps, o satélite é capaz de fornecer melhor acesso à internet em avi?es e trens de alta velocidade, assim como em regi?es menos desenvolvidas.
Em um passo para lan?ar uma sonda de marte por volta de 2020, os cientistas estabeleceram um plano de desenvolvimento de 400 milh?es de yuans (US$ 61 milh?es) para transformar uma bacia de pedra vermelha na Bacia Qaidam, na Província de Qianghai, noroeste da China, em uma base da pesquisa científica de Marte e um ponto de turismo ecológico.
A base deve consistir em uma "Comunidade de Marte" e uma "área de acampamento de Marte". A área de acampamento terá várias acomoda??es como módulo experimental.
A pesquisa subterranea também desenvolveu-se rapidamente. Os pesquisadores descobriram recentemente uma reserva de rocha quente e seca (HDR, na sigla em inglês) com temperaturas de 236 graus Celsius, a 3.705 metros abaixo da Bacia de Gonghe na Província de Qinghai.
A HDR está entre 3 e 10 mil metros abaixo da superfície da Terra. Ela pode ser usada para gerar eletricidade limpa via suas altas temperaturas. O avan?o significa que a China deu mais um passo na solu??o dos problemas ambientais relacionados ao efeito de estufa e chuva ácida.
A China fez da inova??o o centro do seu 13o Plano Quinquenal (2016-2020), com o objetivo de se tornar uma "na??o inovadora" até 2020, um líder internacional em inova??o até 2030, e uma potência mundial em inova??o científica e tecnológica até 2050.
"Nós aceleraremos a pesquisa e o desenvolvimento, e a comercializa??o de novos materiais, inteligência artificial, circuitos integrados, biofarmácia, comunica??es móveis 5G, e outras tecnologias para desenvolver agrupamentos industriais nestas áreas", disse um relatório de trabalho do governo emitido este ano.
Estes esfor?os ajudar?o o país a melhorar a conveniência do transporte, elevar os padr?es de vida, resolver a escassez de recursos energéticos, e impulsionar o desenvolvimento econ?mico.
A China anunciou na quarta-feira que foi concluído o trabalho de coloca??o de trilhos na ferrovia de alta velocidade Harbin-Jiamusi, com uma extens?o de 343 quil?metros, a mais longa do país em uma área de alta latitude. A ferrovia de alta velocidade deve entrar em opera??o em junho de 2018.
A uma velocidade de 200 quil?metros por hora, a ferrovia cortará o tempo de viagem entre as cidades de Harbin e Jiamusi, ambas na Província de Heilongjiang (nordeste), para 1,5 hora ante as 7 horas anteriores.
No ambito ambiental, um teste na órbita do primeiro satélite de observatório de carbono da China foi completado com sucesso em setembro. Os cientistas converter?o os sinais magnéticos recebidos do satélite em sinais espectrais visíveis, e calcular?o a concentra??o do dióxido de carbono.
A China precisa de ciência e tecnologia mais do que nunca e os cientistas do país devem ocupar a "alta terra" das ciências e tecnologias do mundo, disse Bai Chunli, presidente da Academia Chinesa de Ciências (ACC).
O caminho mais rápido e mais fácil para alcan?ar a inova??o é promover a inova??o através de uma rede de coopera??o mundial.
O Plano do G20 sobre Crescimento Inovador, adotada na Cúpula de Hangzhou em setembro do ano passado, promete que governos criar?o um ambiente favorável para a criatividade e o desenvolvimento.
A inova??o científica também foi um tópico central no Fórum do Cintur?o e Rota em Beijing em maio, com a China propondo um Plano de Coopera??o em Ciência, Tecnologia e Inova??o do Cintur?o e Rota.
Uma rede de coopera??o científica e tecnológica ao longo do Cintur?o e Rota será completada em 2030, disse Bai.