Rio de Janeiro, 21 out (Xinhua) -- Um adolescente de 14 anos disparou na sexta-feira contra seus colegas da oitava série de uma escola em Goiania, matando dois meninos e ferindo outro e mais três meninas, uma delas, gravemente.

O incidente aconteceu por volta do meio dia, na sala de aula da escola particular Goyases, situada em um bairro nobre da capital do estado de Goiás (centro do país), quando o adolescente tirou da mochila uma pistola calibre 40, de uso militar, e come?ou a disparar, chegando a gastar todo o carregador até ser contido pela coordenadora e outras pessoas.

O jovem, cujo nome n?o foi divulgado, foi levado para a Delegacia de Apura??o de Atos Infracionais (Depai) e segundo a polícia, a arma utilizada pertence à m?e do garoto que, assim como o pai, é policial militar e teria sido tirada pelo garoto do móvel onde estava escondida na noite de quinta-feira.

Segundo o delegado Luiz Gonzaga Junior, responsável pelo caso, o menor declarou ter agido motivado por "bullying" por parte dos colegas, em especial do primeiro menino a quem matou, Jo?o Pedro Calembo, de 14 anos.

Segundo relatos de alunos à imprensa, ele era chamado de "fedorento" pelos colegas porque n?o usava desodorante.

No entanto, Gonzaga Junior ressaltou que o adolescente n?o contou já ter feito alguma reclama??o à escola sobre ser vítima de 'bullying' e que os funcionários do Goyases informaram que n?o havia registro desse tipo com rela??o ao estudante.

Segundo relatos da família do atirador e de funcionários da escola, ele era "um ótimo aluno, com boas notas e nada denotava um comportamento que poderia gerar a prática de um crime t?o grave",além de manter ótimas rela??es com os pais.

O adolescente permanecerá internado no Depai até uma decis?o do Juizado da Infancia e Juventude sobre o caso.

O presidente Michel Temer enviou uma mensagem de solidariedade às famílias das vítimas através de seu perfil no twitter, na qual afirmou que "como todo brasileiro, estou consternado com a tragédia na escola de Goiania. Minhas solidariedade às famílias. For?a!"

O governo do estado de Goiás decretou três dias de luto oficial em memória das vítimas do "acontecimento lamentável".