Uma reportagem recente do jornal britanico “The Times” fez a cobertura do atual fen?meno social chinês de streaming, no qual milhares de jovens chinesas têm vindo a adotar esta novidade como meio de subsistência. Os f?s do sexo oposto s?o o principal público-alvo, embora o modelo n?o esteja limitado a esta fórmula.
Os seguidores podem se cadastrar nas plataformas deste servi?o e têm a oportunidade de recompensar as streamers com prêmios monetários.
A reportagem, publicada no dia 31 do mês passado, refere que os primórdios do streaming, ou “zhibo” em mandarim, na China datam de 2008. Nos últimos dois anos apenas, este segmento movimentou 3 bilh?es de libras, congregando uma legi?o de 350 milh?es de adeptos.
A profiss?o de “streamer” se tornou particularmente popular entre as jovens chinesas, tendo inicialmente sido mesmo registrados casos de conduta imprópria a circular nestas plataformas. Porém, após a tomada de medidas de supervis?o de conteúdos, este tipo de situa??es s?o agora cada vez mais marginais.
A moda rompante do streaming continua, no entanto, debaixo de olho das autoridades. Desde 2016 foram já punidas mais de 30.000 pessoas por infra??es das regras de conduta.
O contato com o mundo empresarial
O sucesso do streaming despertou a aten??o de empreendedores e empresas, que ali detetaram uma oportunidade lucrativa. A empresa Redo Media, sediada em Beijing, fechou já vários contratos com streamers, providenciando cursos de treinamento, salas de streaming, espa?os de dan?a, entre outras infraestruturas.
Em troca pela presta??o de servi?os e de espa?os personalizados, a empresa garante uma percentagem dos lucros dos streamers.
As instala??es da Redo abrangem atualmente um condomínio de grandes dimens?es. Basicamente, é uma fábrica de “estrelas online”.
Alice no País das Maravilhas
As salas de streaming têm todo o tipo de apetrechos, desde bonecos de pelúcia a decora??es de cores berrantes. Enfim, de tudo um pouco para ajudar a prender a aten??o das audiências.
Zi Jing, de 23 anos, é uma das streamers da Redo Media. Empunhando um pau de selfie e vestida a rigor em um traje de casamento, ela liga o seu smartphone e come?a o show. Dicas de maquiagem e performances de canto s?o os seus trunfos para mais um dia lucrativo.
“Estou online por cerca de 8 horas todos os dias. Fa?o maquiagem, arranjos no cabelo, converso com os f?s, canto e dan?o”, explica.
“Se alguém me enviar uma prenda, eu digo ‘Oh, enviou uma prenda? N?o vi. Pode mandar outra vez?’”.
No seguimento dos incidentes de propaga??o de conteúdos obscenos, as autoridades têm vindo a supervisionar esta atividade, exigindo a obten??o de uma licen?a governamental por parte das empresas para que estas possam operar no setor.