Buenos Aires, 4 jan (Xinhua) -- O 19o Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) fomentou "novas oportunidades para a coopera??o entre a China e a América Latina", disse na ter?a-feira um diplomata chinês.

Depois do congresso realizado em outubro em Beijing, "haverá um impulso maior para a coopera??o sino-latino-americana", disse o embaixador da China na Argentina, Yang Wanming, em um editorial publicado ter?a-feira no maior jornal da Argentina, o Clarín.

Nos próximos 15 anos, a China deve importar bens no valor total de US$ 24 trilh?es de outros países, incluindo a América Latina, e investir US$ 2 trilh?es em outros países, como os na regi?o, disse Yang.

Em outras palavras, a crescente demanda da China por bens de qualidade impulsionará as exporta??es da América Latina.

Os dados do Ministério do Comércio chinês mostraram que o comércio bilateral China-América Latina atingiu US$ 166,78 bilh?es nos primeiros oito meses de 2017, um aumento anual de 18%.

Enquanto a demanda dos consumidores chineses estimula o comércio, sua capacidade produtiva forte pode ajudar a atender às necessidades dos países latino-americanos, que carecem de infraestrutura, integra??o e competitividade produtiva.

"Ambos os lados podem tirar um maior proveito dessas oportunidades de forma que o mercado, o capital e as vantagens tecnológicas da China possam injetar for?a no desenvolvimento sustentável da América Latina", disse Yang.

Ele assinalou que a inova??o se tornará "a for?a motriz principal do desenvolvimento" da China, dizendo que a aplica??o de novas tecnologias na economia real, como a internet, big data e inteligência artificial, será promovida ainda mais.

Outro foco será promover o desenvolvimento de indústrias ecológicas para proteger o ambiente, indicou.

"Devemos intensificar nossos intercambios com a América Latina em pesquisa tecnológica, treinamento de recursos humanos, uso de energia renovável, gest?o ambiental e seguran?a ecológica, entre outras novas áreas", acrescentou.

Com isso em mente, a China "abrirá espa?o para uma coordena??o estratégica mais profunda", enfatizou, observando que o 19o Congresso Nacional do PCCh apontou que "a meta geral da política externa da China nesta nova era é construir um novo tipo de rela??es internacionais para uma comunidade de destino comum".

Para tal fim, a China "participará e promoverá ativamente a globaliza??o econ?mica e perseverá na abertura", comentou.

"A China e a América Latina podem promover até mais sua coordena??o na reforma financeira internacional, G20, BRICS, coopera??o da ásia-Pacífico, mudan?a climática e seguran?a alimentar, para defender os interesses comuns destes países", detalhou.

Em 2018, os dois lados estar?o aguardando "uma agenda rica de coopera??o" em um ano quando importantes fóruns bilaterais, como a segunda reuni?o ministerial entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a Cúpula do G20, ser?o realizados na América do Sul.

A China comemorará o 40o aniversário de sua reforma e abertura este ano e realizará sua primeira Exposi??o de Importa??o Internacional, projetada para dar ímpeto à iniciativa de desenvolvimento mundial apresentada pela China.

"Espero que ambos os lados se beneficiem destas agendas comuns fortalecendo a coopera??o e juntando for?as seguindo o desenvolvimento abrangente dos la?os sino-latino-americanos", disse Yang.