Maurício Santoro, diretor do Departamento de Rela??es Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), afirmou na ter?a-feira que vários países latino-americanos desejam poder participar da iniciativa chinesa do Cintur?o e Rota.
A postura apresentada pela China, segundo o entrevistado, oferece também uma nova esperan?a a estes povos.
“Durante o Fórum China-Celac, o chanceler chinês, Wang Yi, confirmou que os países latino-americanos ser?o incluídos na iniciativa do Cintur?o e Rota, algo que deixou esses países muito entusiasmados”, referiu Santos.
O especialista abordou, em contraponto, a preocupa??o expressada pela América Latina face às políticas de protecionismo comercial e de imigra??o dos EUA.
Maurício salientou o fato que muitos países da América Latina pretendem refor?ar o seu relacionamento de coopera??o com a China e com outros países asiáticos. Estes países perceberam a necessidade de modernizarem os seus portos e infraestruturas de transporte, de modo a interligarem as cadeias de produ??o alimentar, mineral e energética com as infraestruturas portuárias. Como tal, destaca, é especialmente importante pensar na constru??o de ferrovias que unam as costas do Pacífico e Atlantico, um conceito que se interliga com a proposta chinesa de constru??o da “ferrovia dos dois oceanos”.
No entendimento de Maurício Santoro, a margem de coopera??o entre a China e a América Latina é bastante ampla, sobrepondo-se a intercambios regionais e de pequena escala. A iniciativa do “Cintur?o e Rota”, ressalta o especialista, é o caminho certo a seguir para o aprofundamento da rela??o bilateral e do desenvolvimento coletivo.