Lima, 31 jan (Xinhua) -- O promotor do Peru que supervisiona o caso de corrup??o da Odebrecht, Jorge Ramirez, fixou o custo das repara??es a serem exigidas da construtora brasileira em mais de 3,468 bilh?es de soles (cerca de 1,1 bilh?o de dólares americanos).
Falando ao programa de televis?o "Cuarto Poder" na noite de domingo, ele disse que o montante estava vinculado a três projetos de infraestrutura envolvendo a corrup??o da Odebrecht.
Estes incluem a constru??o do encanamento peruano sul, a rodovia interoceanica do sul e a rodovia de Chacas.
Os dois primeiros foram decis?es tomadas pelos governos dos ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006) e Ollanta Humala (2011-2016), respectivamente, e o terceiro com o governador de Ancash, Cesar Alvarez.
O promotor estabeleceu que a Odebrecht deve pagar cerca de 540 milh?es de dólares americanos em repara??es para a rodovia interoceanica, 480 milh?es de dólares americanos para o gasoduto sul peruano e 80 milh?es de dólares americanos para a rodovia de Chacas.
Esses valores, segundo Ramírez, s?o o valor do total de danos públicos causados pelo suborno da Odebrecht.
"Esperamos que a Odebrecht mude sua atitude. N?o é possível oferecer 66 milh?es de dólares americanos em repara??es civis", disse Ramirez na entrevista, referindo-se à oferta inicial da Odebrecht.
Em dezembro de 2016, executivos da Odebrecht confessaram ao Departamento de Justi?a dos EUA que pagaram subornos de cerca de 800 milh?es de dólares americanos para funcionários em 11 países. No caso do Peru, os subornos valeram 29 milh?es de dólares americanos entre 2005 e 2014.