Brasília, 6 fev (Xinhua) -- O presidente brasileiro Michel Temer enviou nesta segunda-feira uma mensagem ao Congresso Nacional, por ocasi?o da abertura das sess?es legislativas de 2008, na qual afirmou que "a tarefa urgente" do momento é a reforma do sistema de aposentadorias, proposta por seu governo.
De acordo com o calendário anunciado no final do ano passado pelo presidente da Camara dos Deputados, Rodrigo Maia, a vota??o da reforma está marcada para o próximo dia 19.
Caso tenha o apoio do mínimo 308 dos 513 parlamentares em duas vota??es, um percentual alto por tratar-se de uma emenda constitucional, a proposta seguirá para o Senado.
N?o obstante, segundo os líderes da coaliz?o governamental, até agora há apenas 270 votos a favor da reforma.
O governo brasileiro tenta há meses aprovar a reforma da Previdência Social, que conta com uma forte rejei??o, tanto por parte da oposi??o como dos sindicatos e movimentos sociais.
"Nosso sistema é socialmente injusto e financeiramente insustentável, é socialmente injusto porque transfere recursos de quem tem menos para quem menos necessita, concentrando renda", disse Temer aos deputados.
Na mensagem ao Congresso, Temer defendeu a reforma ao ressaltar que em 2017 as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registraram um déficit de 268 bilh?es de reais.
"A sociedade brasileira está cada vez mais consciente de que a reforma é uma quest?o chave parta o futuro do Brasil. A reforma combate desigualdades, protege os mais pobres, responde à nova realidade demográfica do nosso país e dá sustentabilidade ao sistema previdenciário", afirmou o presidente.
Depois da leitura da mensagem, o relator da reforma, deputado Arthur Maia, avaliou em uma entrevista à imprensa que se a proposta n?o for votada em primeiro turno em fevereiro, "dificilmente" terá condi??es de ser votada em mar?o.
As dificuldades para conseguir os votos necessários s?o causadas pela proximidade da campanha para as elei??es de outubro, posto que os parlamentares que buscam renovar seus mandatos n?o querem apoiar um projeto considerado altamente impopular.