Rio de Janeiro, 2 fev (Xinhua) -- Em 2017, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 12,7%, a maior em cinco anos, informou na quarta-feira a agência oficial de estatísticas do governo, o IBGE.
A taxa é quase duas vezes maior do que em 2014, quando a taxa de desemprego se situou em 6,8%.
De acordo com o IBGE, o número de desempregados no Brasil ficou em 13,2 milh?es no auge do ano passado. O número de pessoas formalmente empregadas no setor privado totalizou 33,3 milh?es, ante 36,3 milh?es em 2014.
No quarto trimestre de 2017, o desemprego caiu de 12,4 para 11,8%. No entanto, apesar desta diminui??o, a qualidade do trabalho n?o melhorou, já que o número de pessoas em empregos formais n?o aumentou.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas que trabalham no setor privado sem contratos formais aumentou de 5,5% de 2016 para 2017, atingindo cerca de 560 mil.
De acordo com o analista do IBGE, Cimar Azeredo, os setores que tradicionalmente empregam um grande número de trabalhadores dispensaram pessoas em 2017, enquanto os setores informais pegaram folgas.
"Nos últimos três anos, a diminui??o (de empregos) foi de 10,4% no setor agrícola, 11,5% na indústria e 12,3% na constru??o. Algumas dessas perdas foram compensadas em áreas em que o emprego é mais informal, como o comércio, servi?os, habita??o e indústria alimentar ", disse ele.
A renda mensal média dos trabalhadores brasileiros foi de 2.141 reais (cerca de 672 dólares americanos) em 2017, um aumento de 2,4% em rela??o a 2016. No entanto, em rela??o a 2014, os números estagnaram.