A China está "muito insatisfeita" com o tratamento injusto aos produtores de a?o chineses em investiga??es comerciais levadas a cabo pela UE, disse Wang Hejun, diretor do gabinete de tratamento e investiga??o comercial do Ministério do Comércio.
"A UE ainda usa dados do Brasil para calcular os pre?os e os custos das empresas siderúrgicas chinesas para elevar artificialmente as suas margens de dumping", revelou Wang.
A abordagem adotada pela UE é chamada de "país de substitui??o", que promove medidas de defesa comercial usando dados de produ??o e pre?os em um país terceiro para calcular o grau de dumping.
"A UE deve cumprir o seu dever escrito no protocolo da Organiza??o Mundial de Comércio e tratar as empresas chinesas de forma justa nas suas investiga??es comerciais", reiterou Wang.
A Comiss?o Europeia anunciou na quinta-feira a sua decis?o final de impor direitos de importa??o de 17,2% a 27,9% sobre o a?o resistente à corros?o proveniente da China.
Com a diminui??o da demanda, o mundo enfrenta ainda uma excessiva capacidade de a?o.
"As medidas de defesa comercial n?o ajudar?o a resolver o problema", insistiu Wang, apelando a a??es conjuntas de países envolvidos para estabilizar a economia global.
Wang afirmou que a China está disposta a melhorar a comunica??o e o diálogo com a UE por forma a lidar adequadamente com este setor saturado.
O governo chinês iniciou uma ambiciosa campanha para reduzir a produ??o de a?o, com mais de 50 milh?es de toneladas de capacidade de a?o bruto eliminadas no ano passado.