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Beijing, 11 mar (Xinhua) -- A China n?o quer uma guerra comercial com os Estados Unidos nem iniciará uma, mas pode lidar com quaisquer desafios relacionados e defenderá os interesses nacionais e do povo chinês, disse neste domingo o ministro do Comércio, Zhong Shan.
As guerras comerciais n?o têm nenhum vencedor, apenas resultados desastrosos para os dois países e o resto do mundo, disse Zhong em uma coletiva de imprensa no ambito da primeira sess?o da 13a Assembleia Popular Nacional (APN), o mais alto órg?o legislativo da China.
Na quinta-feira, a parte norte-americana declarou formalmente que aplicará um imposto de 25% sobre as importa??es de a?o e 10% sobre as de alumínio, com isen??es iniciais para Canadá e México, dizendo que tais benefícios podem ser estendidos para outros países através de negocia??es.
Zhong apontou que diferentes métodos estatísticos ampliam o déficit comercial dos EUA com a China em cerca de 20%, citando a pesquisa de um grupo de trabalho conjunto de rastreamento e compara??o dos números comerciais dos dois países.
O superávit comercial da China com os Estados Unidos cresceu 13% ano a ano para 1,87 trilh?o de yuans em 2017, mostraram dados oficiais.
O desequilíbrio comercial entre os dois países é estrutural, com a China exportando mais commodities aos Estados Unidos e importando mais servi?os, disse Zhong, acrescentando que a competitividade comercial é determinada pelas indústrias.
O controle norte-americano das exporta??es de alta tecnologia à China também contribuiu para o desequilíbrio comercial bilateral, assinalou Zhong, citando um relatório de pesquisa dos EUA, que estimou uma queda de 35% no déficit comercial com a China se os norte-americanos relaxassem as restri??es de exporta??o.
Segundo o ministro, os dois países têm diferentes demandas na abertura de mercados em setores financeiros, de telecomunica??es, automóveis, produ??o e outros, devido a diferentes condi??es nacionais.
Diferentes pontos de vista sobre a seguran?a da internet e direitos de propriedade intelectual também afetam o comércio e o investimento bilaterais, acrescentou.
Os dois lados n?o suspenderam os diálogos econ?micos e continuar?o com os intercambios, ressaltou o ministro.
Liu He, alto funcionário econ?mico e financeiro chinês, reuniu-se com funcionários dos EUA no início deste mês, e ambas as partes concordaram que os dois países devem resolver suas disputas comerciais por coopera??o em vez de confronto.
Os dois lados também concordaram em discutir quest?es sobre o assunto em Beijing num futuro próximo, com o objetivo de criar condi??es para uma maior coopera??o.
"é uma coisa boa. Ninguém quer uma guerra comercial, que n?o serve aos interesses de ninguém", disse Zhong.
A China gostaria de resolver as diferen?as através da coopera??o e buscar resultados em que ambos os lados ganhem e ajudar a estabilizar a economia global, acrescentou.