Chicago, 26 mar (Xinhua) -- Os cultivadores de soja dos Estados Unidos expressaram sua profunda preocupa??o e oposi??o às tarifas impostas pelo governo de Trump nas importa??es procedentes de seu maior parceiro comercial, China, temendo que a medida unilateral pode prejudicar seus meios de vida.
O presidente Donald Trump assinou na quinta-feira um memorando que poderá impor tarifas sobre até US$ 60 bilh?es de importa??es da China, uma medida que indubitavelmente provocará retalia??o da China.
A Associa??o de Soja Americana (ASA) emitiu imediatamente uma nota, descrevendo a medida como "extremamente frustrante" em um momento em que a renda das fazendas já caiu quase 50% em rela??o a 2013.
"Diversos relatórios indicam que os chineses colocar?o justamente sojas dos EUA em sua lista de retalia??o, e essa decis?o p?e os agricultores de soja em todo o país em perigo financeiro", disse o presidente da ASA, John Heisdorffer, na nota.
"Há uma luta real na agricultura para manter tudo em ordem no momento", acrescentou. "é extremamente frustrante que o governo tem como alvo o nosso maior parceiro comercial."
A ASA reiterou sua "preocupa??o significativa" sobre a possibilidade de a China retaliar contra sojas dos EUA, pois o país asiático é o maior comprador de sojas dos EUA, consumindo quase um ter?o da produ??o dos EUA, no valor de US$ 14 bilh?es anualmente.
Enquanto isso, Heisdorffer assinalou que a agricultura americana tem "tremendo potencial" para melhorar a balan?a comercial com a China.
"Sojas podem liderar este crescimento na China, que deve aumentar significativamente as importa??es de soja nos próximos dez anos. Devemos discutir a??es que fa?am crescer este importante mercado, em vez de arriscar perdê-lo", disse Heisdorffer.