Lisboa, 30 mar (Xinhua) -- O governo de Portugal defendeu a Autoridade Nacional de Prote??o Civil (ANPC) na quinta-feira depois que as equipes técnicas russas de helicópteros foram expulsas de uma base aérea.

"O importante é a defesa do interesse público e do interesse nacional", disse Eduardo Cabrita, ministro da Administra??o Interna, aos jornalistas, em Lisboa. "A ANPC salvaguarda o interesse nacional naquilo que é a defesa da operacionalidade e de uma rela??o contratual com entidades privadas."

A ANPC fechou o hangar onde os russos realizavam a manuten??o de três helicópteros Kamov. De acordo com a ANPC, a Heliavionic, uma empresa privada responsável pela manuten??o, fez a movimenta??o de material sem ter sido identificado, sem autoriza??o.

Ricardo Dias, presidente da Everjets, que subcontratou o trabalho de manuten??o à Heliavionic, que empregou os russos, disse à rádio TSF que os mecanicos "estavam furiosos e deixaram imediatamente o país".

Todas as partes recusaram que as a??es da ANPC foram relacionadas ao surto de expuls?es de diplomatas russos visto na maioria da Europa nos últimos dias, apesar de n?o ter havido em Portugal. A ANPC disse estar numa disputa contratual, enquanto Dias disse que os mecanicos estavam chateados pelas insinua??es de roubo.

O incidente ocorreu no aeródromo Ponte de Sor em Portoalegre, uma cidade a 225 quil?metros a nordeste de Lisboa.

Os russos estavam a trabalhar nos helicópteros para o dispositivo de combate a incêndios florestais durante o ver?o.

Cabrita garantiu que a disputa n?o vai afetar as capacidades dos bombeiros de Portugal.

"Teremos, este ano, o melhor quadro de defesa do país com meios aéreos que já tivemos", disse ele.

Os helicópteros Kamov têm sido a origem da controvérsia contínua desde que seis deles foram comprados pelo governo português em 2006.

Após atrasos na entrega, os helicópteros chegaram n?o operacionais. Levou outros três anos para deixá-los aerotransportados. Uma série de colis?es e falhas mecanicas desde ent?o significa que gastaram mais tempo no ch?o que no combate aos incêndios.