
Os produtores chineses de motos elétricas em Bruxelas opuseram-se na quarta-feira a uma investiga??o comercial da Uni?o Europeia, apelando a que esta institui??o n?o penalizasse os consumidores.
Representantes da Camara de Comércio da China para a Importa??o e Exporta??o de Maquinarias e Produtos Eletrónicos (CCCME, na sigla inglesa), uma organiza??o comercial representativa dos produtores chineses, participaram numa auditoria organizada pela Comiss?o Europeia sobre investiga??es anti-dumping e anti-subsídio de motos elétricas importadas da China para Bruxelas.
A imposi??o de impostos prejudicaria grande parte da indústria Europeia, a qual é dependente da importa??o de componentes da China, bem como de consumidores europeus, ao reduzir as escolhas e aumentar os pre?os, colocando entraves ao desenvolvimento de uma mobilidade limpa e aos esfor?os para reduzir as emiss?es de carbono na UE, disseram os representantes da CCCME.
“A potencial imposi??o de tarifas seria essencial para os produtores chineses e consumidores da UE. Tal privaria a Europa de uma solu??o de e-mobilidade sustentável. Esperamos que a Comiss?o Europeia tenha isto em aten??o e atinja uma solu??o justa e razoável”, disse Chen Huiqing, diretor do departamento dos servi?os legais da CCCME.
Após uma queixa da Associa??o de Fabricantes de Motos da Europa (EBMA, em inglês), relativamente à importa??o de “velocípedes, com pedais, e um motor elétrico auxiliar” da China, a Comiss?o abriu uma investiga??o sobre a prática comercial injusta imposta pelos fabricantes de e-motos chineses em outubro de 2017.
A EBMA prop?s que a Suí?a fosse usada como “um país com um nível semelhante de desenvolvimento econ?mico” à China para averiguar se os fabricantes estavam ou n?o envolvidos em dumping.
Os produtores chineses rebateram, dizendo que a escolha da Suí?a como país análogo é inapropriada e n?o constitui uma compara??o justa para o cálculo de dumping. Eles referem que existem diferen?as fundamentais entre a China e a Suí?a relativamente ao nível de desenvolvimento econ?mico, custos de produ??o e setor de mercado das e-motos, dado que a Suí?a vende maioritariamente modelos de topo, as quais n?o s?o o foco das exporta??es chinesas.
Os fabricantes chineses acrescentaram que, ao contrário de outras queixas comerciais, n?o existe sobreprodu??o na indústria de e-motos da China. Os volumes de exporta??o s?o customizados e baseados na procura europeia, com mais de 95% das motos chinesas sendo vendidas no mercado doméstico.
“A China tem uma cultura de motos única e, nos últimos anos, a indústria do setor tem vindo a se desenvolver rapidamente. As empresas chinesas conseguiram garantir o conhecimento e têm vindo continuamente a melhorar a sua competitividade no mercado internacional. Isso n?o deve ser confundido com dumping”, disse Song Bo, diretor do Departamento de Informa??o da Associa??o de Motos da China.
Conta oficial de Wechat da vers?o em português do Diário do Povo Online