Sobre a China, o pintor mostrou-se impressionado com a dimens?o do evento, a forma como foram acolhidos, e a gastronomia. F? dos pratos do Sul da China, Carlos Farinha relembra o dia em que visitou a Grande Muralha e provou hotpot como “um dos dias mais felizes da minha vida” — tendo a experiência inspirado a obra “Passeio Gourmet”.
“é um país com uma magia muito própria” refor?ou, admitindo que a sua passagem pela China poderá influenciar futuras obras.
Art Beijng 2018
Admirador de vários artistas chineses, o pintor português citou a declara??o do criador da Art Beijing, sobre a “massifica??o da arte, sobretudo da arte contemporanea, que faz com que se consiga ver tudo em qualquer canto em todo o mundo”, expressando que, na China “há uma tentativa de obter alguma frescura daquilo que se mantém como chinês. Continua a haver artistas chineses extremamente criativos, mas tentam ser eles próprios, n?o v?o atrás das modas. E daí que há coisas muito frescas, a questionar coisas de uma maneira muito pessoal e isso vale a pena continuar”.
Para Carlos Farinha, a arte é um componente importantíssimo no intercambio entre países, pois é uma forma de compreender o outro. Quanto ao papel da arte nas rela??es entre Portugal e China, acrescentou, “n?o sabemos muito bem para onde vamos caminhar. Mas é importante que essa liga??o encontre pontes (tal como na obra A Tradutora). Se houver alguém que intermedeie anda-se para frente e cria-se frutos”.
O público chinês, “entram, vêm, est?o cá e s?o curiosos”, no entanto “a comunica??o é difícil, é uma grande barreira, de facto. Mas as imagens muitas vezes falam por si”, afirmou.
Anabela Antunes, cofundadora da Galeria Arte Periférica, marcou também presen?a no evento.
“A passagem pelo Minsheng Art Museum abriu realmente muitas portas”, reconheceu, explicando que, para além destas exposi??es, a Galeria, em parceria com a Funda??o Oriente, promove há 6 anos um concurso de jovens pintores em Macau.
A Galeria tem como objetivo dar a conhecer cada vez mais artistas portugueses ao público chinês, no entanto “no sentido inverso também. Aqui come?amos ao contrário, levamos os artistas macaenses para Portugal”, gracejou, na esperan?a de no futuro poder levar também os artistas chineses a Portugal.
Artista chinesa Zeng Yangyang posa com Carlos Farinha (2o à direita) e os fundadores da Galeria Arte Periférica.
Zeng Jinglong, que visitou a exposi??o com a sua filha, Zeng Yangyang, mostrou o seu agrado ao ver a representa??o de artistas portugueses no Art Beijing.
Zeng, que registou o momento com várias fotografias e até autógrafos dos representantes portugueses, revelou que para ele era um momento precioso pois “é muito raro ver artistas portugueses aqui”.
Zeng Yangyang, uma jovem artista chinesa, revelou que este foi o seu primeiro contacto com arte portuguesa. “Para mim é novo e impressionante, é a primeira vez que vejo tais obras e acho que s?o extraordinárias”, afirmou, desejando que a coopera??o entre Portugal e China se desenvolva cada vez mais e, desse modo, mais artistas portugueses tenham oportunidade de expor na China.
A participa??o portuguesa faz também parte dos esfor?os da Embaixada de Portugal na promo??o do intercambio cultural, e enquadra-se na prepara??o das celebra??es do 40 anos do estabelecimento de rela??es diplomáticas entre Portugal e China, no próximo ano. O intercambio artístico e cultural, como uma parte importante na coopera??o China-Portugal, estabelece uma ponte entre os povos, aumentando o respeito e o reconhecimento mútuo.
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